Kiraji
Desenhista, roteirista e arte-finalista. Trabalha com Hq desde 1999 e conhece cultura de massa numa época em que se é mais importante aparecer do que ter conteúdo. Suas opiniões refletem o espírito de uma geração que quer colocar suas opiniões sem ser arrogante e que tem experiência a passar.Quer fazer diferença e mostrar a que veio como autor que respeita seu público.
sábado, janeiro 21, 2012
observando a vida.
Recentemente os filhotes foram sendo adotados e sobraram dois em casa.
Para minha infelicidade, um deles machucou a pata e ficou um pouco borocoxô por não poder correr e pular por aí, aliás, como todo filhote faz.
Saindo de casa para o trabalho, vi uma cena que até me deixou contente (e olha que não sou chegado a arroubos de sentimento, acredito que isso interfere muito em nosso julgamento) e intrigado: um dos gatos abraçou o que estava machucado e ficou bem pertinho dele como que dissesse: "eu estou aqui, fique tranquilo".
Sabe, hoje em dia só vejo notícias ruins circulando por aí e confesso que ver dois gatos, seres conhecidos por seu individualismo e falta de cooperação mostrar tamanha solidariedade me faz pensar que nós humanos que estamos errados por vivermos de forma feroz que não vai a lugar nenhum.
Aprendi com esse gesto uma lição importante: "cuide dos seus que você estará fazendo muito".
Vivemos atribulados com contas a pagar, correria do dia-a-dia e reclamamos que nossas mães estão sempre no nosso pé, não nos "deixando ser livres para fazermos o que quisermos de nossas vidas".
Liberdade é bom, mas sabe o preço que se paga quando se vive uma liberdade irresponsável?
Primeiro é a descrença e segundo isolamento social e depois a loucura. Tanto que estamos com uma gama enorme de "pessoas livres" por aí se drogando, roubando e "curtindo a vida adoidado" sem pensar no dia de amanhã.
Não somos uma ilha, devemos saber com quem relacionar para termos uma vida plena, mas se não tiver jeito, é melhor ser responsável e sozinho.
Somos cobrados para sermos alguém e ter status, isso é o que a sociedade quer, e você?
Acredito que devamos ter sucesso, fama e glória sim, mas acredite, há pessoas que apenas querem viver em um casinha no campo colhendo frutas e ordenhando vacas, é o desejo dela, não devemos interferir.
mas a partir do momento que uma situação é ruim pra você e não quer que continue, devemos tomar uma atitude, sair disso o quanto antes pois não acredito nesse papo religioso que o sofrimento traz redenção. Pra vocês digo, então vivam rezando e com a cabeça no pecado e sem viver como gente, sendo conduzido por alguém que apenas quer seu dinheiro, não sua fé e viva sua ilusão de felicidade através de uma mentira. Não vou dar dizimo, contribuição ou qualquer coisa que não saiba realmente pra quem vai e vou ajudar somente quem estiver perto de mim, não parasitas que predam a fé alheia.
Solidariedade é pra quem merece, não pra quem quer.
Aprendi isso com meu gato e aconselho você a fazer o mesmo.
terça-feira, janeiro 17, 2012
Vidraça
Hoje em dia temos uma gama muito grande de artistas em diversas mídias, mas todo mundo reclama que não tem espaço nos meios de comunicação e que ninguém dá oportunidade.
Chamo isso de comodismo. É fácil culpar o outro por não termos oportunidades, mas você, artista, já percebeu quantas oportunidades já perdeu por ficar se lamentando e se lamentando por não ter uma solução mágica pra sua vida?
Ora, hoje em dia temos blogs, videologs, redes sociais e afins. Agora, por que não levanta a bunda da cadeira e faz a sua parte?
Eu tinha essa frescura e perdi muitas oportunidades por ficar reclamando e achando que era injustiçado, quando na verdade eu era mais um frustrado que descontava a incompetência própria por uma suposta falta de oportunidade.
Acredito hoje em dia que somos tomados por um sentimento de não querer assumir riscos e não “colocar a cara pra bater” preferindo ficar mais tempo sonhando que realmente trabalhando.
Parei com esse circulo vicioso e eu mesmo boto minha cara pra bater, se gostarem, agradeço, se não gostarem e criticarem por criticar, façam melhor e não encham o saco.
Sair dessa zona de conforto é o primeiro passo é tenho me colocado nesse terreno espinhoso de ser vidraça ao invés de pedra. Mas estou gostando muito da experiência e vendo o ponto de vista de quem faz e como são discriminados por uma maioria que acredita que tem muita força atrás de seu teclado no conforto do lar. Não sabe como é sair á campo, estudar, lutar pra um desocupado ficar “trollando” porque achou legal escolher um bode expiatório.
Você pode detestar o cantor da música chata do momento, o humorista descolado e desbocado, o poser que sempre está na mídia ou a socialite que arrota a todo instante que você é pobre e te pergunto: e você, por que fica dando audiência pra eles e se revolta á toa ao invés de perder tempo criticando, faça algo, mesmo que fique uma porcaria, pelo menos faça e aí você vai saber o que é realmente ser alguém visado.
e por último, tenha opinião, por que todo mundo odeia um papagaio que fica repetindo o que os outros falam.
Até mais!
terça-feira, novembro 22, 2011
Editora Nemo lança obras de Shakespeare e Machado de Assis em quadrinhos
Editora Nemo lança obras de Shakespeare e Machado de Assis em quadrinhos
Por Marcus Ramone (Universo HQ)
No próximo dia 19 de novembro, das 11h às 13h, na Livraria da Vila (Alameda Lorena, 1731, Jardins, São Paulo/SP), acontecerá o evento de lançamento da Coleção Shakespeare em Quadrinhos e da HQ Dom Casmurro, publicações da Editora Nemo.
Romeu e Julieta, de Marcela Godoy e Roberta Pares; Sonho de uma noite de verão, por Lillo Parra e Wanderson de Souza; e Otelo, de Jozz e Akira Sanoki, são os primeiros títulos da Coleção Shakespeare em Quadrinhos, que adapta para a nona arte algumas das mais famosas obras do dramaturgo inglês William Shakespeare (1564 - 1616).
Cada título tem 64 páginas coloridas e custa R$ 39,00.
A adaptação de Dom Casmurro - com 80 páginas em preto e branco e custando R$ 34,00 -, romance clássico do escritor brasileiro Machado de Assis (1839 - 1908), é assinada por Wellington Srbek e José Aguiar.
Todos os autores estarão presentes ao evento, para uma sessão de autógrafos.
Fonte: UniversoHQ
http://hqmaniacs.uol.com.br/principal.asp?acao=noticias&cod_noticia=32695
segunda-feira, julho 04, 2011
Ação Magazine, uma nova Shonen Jump?
Recebi com alegria a notícia de que mais uma revista vai despontar por terras tupiniquins. Essa nova empreitada se chama AÇÃO MAGAZINE e espero que seja uma alento para um país recheado de publicações estrangeiras e cujo público torce o nariz para tudo que seja nacional.
Vamos pelo menos ver o conteúdo e formalizar uma opinião a respeito. O que não se pode fazer é julgar a obra antes de ser vista.
Muitos reclamam do preço, das histórias e afins, mas para você que gosta de criticar e julgar, se fosse você a publicar essa revista teria critérios melhores? Creio que não. Esse é o grande mal de hoje, excelentes críticos, mas péssimos profissionais.
Havia um tempo em que eu também me encaixava nisso, mas a idade chegou e percebi que se não boto a mão na massa, não tenho sequer moral para criticar.
Além do mais é sim dificil publicar no Brasil, não por falta de talento, mas por baixa autoestima e mania de acharmos que sabemos de tudo. Ledo engano, aprendi que se quero que algo aconteça, não enterro minha cabeça na areia, faço a diferença para tornar o que quero possível.
Torço para a iniciativa dar certo.
até mais!
segunda-feira, maio 30, 2011
Poder e como usá-lo
Como se diz por aí,as pessoas tem o poder que damos a elas.
Veja por exemplo, como nos comportamos durante uma notícia: é sempre com indignação ou apatia. Quando repassamos a informação a outros,aí sim colocamos nossa versão dos fatos e isso se espalha. Informar deve ser feito com cautela pelo fato de mal-entendidos sempre acontecerem.Somos inundados por tudo quanto é informação e nem sabemos como nos colocar dante dela, sempre nos colocando meramente como vítimas do "sistema".
Até hoje gostaria de saber o que isso,já que cada um fala uma coisa...
Além do mais quando temos que usar o nosso direito de mudar, sempre temos uma desculpa esfarrapada de que não podemos fazer nada e não nos diz respeito.
Bom,como disse, as pessoas tem o pode que damos a elas.
Ou você realmente acredita que um Messias vai cair do céu e nos salvar do mal?Não temos idade para acreditar em lendas nem em contos de fadas.Vender esperança é o que mais se faz por aí e até hoje nunca vi nada acontecer de verdade sem que nós mesmos nos esforcemos para com nossas graças aconteçam. Tenhamos fé, mas só ela não vai nos salvar de onde estamos ou como estamos. Sei que sempre bate aquele desgosto e a gente diz:"Pô,não vai dar certo,já tentei.". Mas será que não vai mesmo? Será que não usamos de verdade nosso poder de mudar realmente?
Isso não é autoajuda, mas uma reflexão,pois eu também estou nesse questionamento e felizmente estou aos poucos encontrando meu caminho.
Nós podemos encontrar nosso caminho,basta usar nosso poder com isso.
e para animar o dia mais Lacuna Coil...
sexta-feira, maio 20, 2011
Estamos realmente no rumo certo?
Vindo do curso, algo me chamou a atenção. Bom, moro em São Paulo, perto do Brás e quando volto do curso passo por alguns lugares do bairro para observar algo novo ou que não tenha reparado antes.
Quando passei no trajeto para o museu do imigrante (na estação Bresser do metrô) olhei os cartazes que falavam das dificuldades dos imigrantes e sua luta por oportunidades na "América", ou no caso nosso amado país.
Li alguns relatos que diziam como se adaptaram em nosso país, a dificuldade de se comer feijão preto ao invés de feijão branco, trivialidades ao acaso.
Quando virei meus olhos para o outro lado me deparei com uma cena deprimente, vários sem-teto em frente ao museu em situação pior a dos imigrantes.
Gostaria de saber o que se passou em todos esses anos, que só temos um mundo egoísta que só enxerga a si e que os outros, ah, os outros que se lasquem.
Todos se esquecem que é com união que vivemos. Não sei qual a circustância em que tais pessoas estão, mas sei que não estão lá sozinhas ou por vontade "própria", algo que lhes aconteceu que deve ter abalado muito suas vidas.
Acontece que somos rebaixados a nada todos os dias e escorraçados de tudo sem cerimônia. Se você não se encaixa em um padrão, você está fora.
Se você não é descolado, galã ou tem um determinado biotipo, meu amigo considere-se ferrado.
Por isso que acredito que muita gente se entrega ao vicio apenas para fugir dessa realidade.
Considero errado tal afirmação, pelo fato de que não se pode julgar os outros apenas pelos nossos olhos e o que nos parece estranho ou excêntrico nada mais é do que uma maneira de se expressar ou agir sem querer ofender ninguém.
E penso como foi dificil para esses imigrantes entrarem em terra estrangeira e vencer e ao contrário do que dizem eles não vieram para tomar nosso lugar, só estão como nós, procurando um lugar ao sol, pena que a sombra seja muito pequena.
O que não enxergamos é que excelentes potenciais estão se perdendo porque muitos "não se encaixam nos padrões" . A meu ver só estão nessa categoria fanáticos e criminosos, que não respeitam os outros e nem a si mesmos.
Ficamos tristes sim, mas temos um propósito de melhorar o que está a nossa volta, basta querer e criar a oportunidade.
quinta-feira, maio 19, 2011
O que você quer ser quando crescer?
Quando eu era pequeno, sempre ouvia que a mãe de fulano é advogada, pai de sicrano era engenheiro, tal pessoa era filho de estrangeiros,sejam eles alemães, americanos, japoneses, etc.
Ouvia tudo com uma pontinha de inveja, pois na minha cabeça pequena achava que era vergonhoso ter uma mãe doméstica e pai jardineiro. Hoje vejo que era uma bobagem e que muitos só tiravam onda por terem pais com "profissões sérias".
mas você que está lendo estas linhas, já pensou no que gostaria mesmo de exercer até o fim de seus dias? Sempre tive inclinação para as artes e fui um autodidata em desenho, roteiro, contos e afins e sempre me senti frustrado por ser pobre e não conseguir material decente para desenhar e aprendi a usar cadernos mais simples para serem meus cadernos de esboços e fui evoluindo nestes 30 anos que treino com afinco minha habilidade. Estou melhor e recebo elogios, mas a frustração ainda me persegue. Saber que ser artista em um país como o nosso é de baquear qualquer um, mas depois de tantos percalços percebi que temos que ter um foco em nossas vidas. Queria a ilusão de uma vida glamourosa, quando na verdade criar não é nenhuma festa e tem os que aprender a nos virar de outra forma.
Não culpo nada do que aconteceu comigo (por dar tantas cabeçadas na vida e perder tempo com gemnte que só queria brincar), mas sim agradeço por ter passado por isso, me deu uma experiência e vivência que em nenhum lugar do mundo aprenderia. Gosto de pensar hoje que estava mais me preparando e desta vez sei realmente o que quero. Não quero ser apenas mais um causador ou uma fraude, mas sim alguém que quer entrar no momento certo.
Enquanto isso, estou cuidando do que realmente deve ser feito, cuidando de minha vida e escolhendo melhor onde me meto, ainda há oportunistas querendo se aproveitar, digamos que fiquei mais atento a isso. Esse ano está sendo bom nesse sentido pelo fato de ter me afastado de desenho e artes, quero voltar, mas no seu devido tempo.
E respondendo a pergunta acima, só digo que quero ser alguém que minha mãe se orgulhe e mesmo que ela não seja médica ou uma advogada, ela me ensinou que o que vale é seu caráter e como somos para nós mesmos, sinceros e verdadeiros, além de amigos nas horas certas. Isso vale mais do que ter um simples diploma para se vangloriar que são superiores a você.
E todos nós já somos alguém quando nascemos, somos os filhos de nossas mães e a elas que devemos mostrar que seremos um motivo de orgulho, sendo corretos,justos e honestos.
até mais!
sábado, dezembro 11, 2010
estranhas coincidências...
To Myself I Turned
I was born in another world
Strictly connected to a piece of my mind
Nothing more than a little land
It is a small cradle where I'm a kid
I am the princess in there
Nothing wrong in my fantasy world
I am the king the nation
No dictators or religions
No laws laid down for me
I have my own liberty inside of me
Nothing to lose, I want live here
As you see I'm the only survivor in this land
As you see I'm the only survivor in this land
When did I hear this wind before
Change like this to a deeper roar?
I'm starting to bleed another way
I just need some time to complete myself
These spotlights are here again
I can't see anything, I'm blind
This nature at time and space
Makes me sick of the situation
I couldn't know if I
If I will be strong enough for this
I have to choose do I want to live here?
As you see I'm the only survivor in this land
As you see I'm the only survivor in this land
As you see I'm the only survivor in this land
As you see I'm the only survivor in this land
I couldn't know if I
If I will be strong enough for this
I have to choose do I want to live here?
As you see I'm the only survivor in this land
As you see I'm the only survivor in this land
As you see I'm the only survivor in this land
As you see I'm the only survivor in this land
Eu Voltei Para Mim Mesma
Eu nasci em um outro mundo
Estritamente conectado a um pedaço de minha mente
Nada mais que uma pequena terra
É um pequeno berço onde eu sou uma criança
Lá eu sou a princesa,
Nada errado no meu mundo fantástico
Eu sou o rei, a nação
Nenhum ditador ou religiões
Nenhuma lei pra me proibir
Tenho minha própria liberdade dentro de mim
nada a perder, eu quero viver aqui
Como você vê eu sou a única sobrevivente nesta terra
Como você vê eu sou a única sobrevivente nesta terra
Quando que eu ouvi este vento antes
Mudar desta forma para um rugido profundo?
Estou começando a sangrar de outra maneira
Só preciso de algum tempo pra me completar
Os faróis estão aqui novamente
Não posso ver nada, estou cega
Esta natureza neste tempo e espaço
Me deixa com ânsia desta situação
Eu não poderia saber se eu
Se eu serei forte o suficiente para isso
Eu tenho de escolher, eu quero mesmo viver aqui?
Como você vê eu sou a única sobrevivente nesta terra
Como você vê eu sou a única sobrevivente nesta terra
Como você vê eu sou a única sobrevivente nesta terra
Como você vê eu sou a única sobrevivente nesta terra
Eu não poderia saber se eu
Se eu serei forte o suficiente para isso
Eu tenho de escolher, eu quero mesmo viver aqui?
Como você vê eu sou a única sobrevivente nesta terra
Como você vê eu sou a única sobrevivente nesta terra
Como você vê eu sou a única sobrevivente nesta terra
Como você vê eu sou a única sobrevivente nesta terra
Começo a acreditar que deve sim existir um inconsciente coletivo...
terça-feira, junho 22, 2010
O que fazemos como autores.
Desculpe dar um balde água fria em quem cria, mas ler não é sinal de fraqueza ou falta de originalidade (o que é impossível hoje em dia, pois tudo por menor que seja tem uma referência).Eu me incluo como auto que lê e usa referências, se isso agrada ou não, isso cabe ao leitor julgar, não um bando de críticos que se fecham em preconceitos arraigados.
Infelizmente essa década, por raras exceções em evolução tecnológica (viva a televisão digital, a internet, os avanços da medicina e por aí vai) e por alguns fenômenos de vendas de livros e algumas Hqs e poucos filmes não foi muito propícia de coisas novas o que é uma pena, porque a tecnologia avançou e a criatividade parece que ficou maior em criar emoticons e aplicativos no facebook do que para o entretenimento de massa, que é aquela hora em que queremos desligar o cérebro e nos envolver com alguma mídia, livros ou cinema por algum tempo, relaxar e voltar a nossa rotina. Parece que se esqueceu dessa lição importante, pois só vi por aí "filmes reais" e "baseados na realidade"com enredos tão chatos e histórias de fantasia que só focavam uma coisa que decidi me dedicar a olhar melhor as obras antigas e filmes idem para pelo menos tentar melhorar o meu trabalho (que gosto, mas que tem que melhorar, confesso).Isso sem contar as novelas que estragam um pouco os enredos por focarem demais os bandidos e tratarem os mocinhos como imbecis sem atitude, tenho um certo asco por escolha de palavra melhor quando vejo atores dizendo que adoram interpretar o vilão da trama, mas não vejo uma alma viva defendendo as atitude do mocinho, santa apologia ao crime, Batman!
Tudo bem que é só uma história, mas já não está do que na hora de termos heróis mais decentes e sem estereótipos de chatos como em um determinado seriado policial por aí que "os mocinhos agem dentro da lei", sei, por isso que muita gente prefere assistir 9mm e Tropa De Elite...
Escrever para mim é colocar alma em seus personagens e não apenas pensar que é só "vomitar" estereótipos e se achar um gênio. Primeiro, tem que agradar o leitor e depois quem vier a conhecer sua obra que poderá ou não ser criticada.
Respeito ao público é o primeiro passo para se ter um público fiel. Esse é o meu objetivo.
quinta-feira, abril 01, 2010
Vivendo e aprendendo
Qual a verdade disso? Onde que seguir determinadas coisas nos fazem menos ou mais felizes?
Sei que passo vários "perrengues" ao longo da minha vida, mas deixei de glamourizar muita coisa quando me deparei com a verdade absoulta de tudo: seja apenas você mesmo. Mas isso para muitos pode ser uma armadilha, pois confundem autencidade com rebeldia a tudo, sem seguir nada. Bom, sei que muitas coisas na vida me chateiam, mas tenho que seguir em frente e não me abater, pois tudo é transitório. Sei o que quero e o que me faz bem e não vou impor meu gosto a outros, pelo simples fato de ser um indivíduo com pensamento próprio.
Por que digo isso? Por que todo mundo quer fórmula pronta pra tudo, desde ser "proativo" em uma empresa a ser o líder ambicioso que quer chegar ao topo a qualquer custo.
Primeiro, digo a você que não existe fórmula pronta tanto pra sucesso quanto para a vida em si, o que é bom pra você pode ser péssimo para os outros.
Segundo, na minha opinião, detesto quem fala frases prontas e nem analisa:
Uma máxima que ouvi no ônibus:
-Minha mãe sempre diz que há dois tipos de pessoas, as eficientes e as eficazes. As eficientes fazem apenas o que lhe mandam e as eficazes fazem além do que lhe mandam. Por isso que sou eficaz em tudo que eu trabalho.
Sei...
Primeiro, isso é de uma bobagem tremenda. Sim, é bom ser eficaz, blá,blá,blá. Mas você jovem manceba acha que pessoas eficientes são seres humanos sem atitude e sem ambição? Discordo, pois uma pessoa que executa bem seu serviço e só faz aquilo ela está com a cabeça em contas para pagar, filhos para criar, "n" coisas para se preocupar. Agora, você que gosta de meter o dedo na cara dos outros por serem apenas de profissões comuns nunca pensou o quanto essas pessoas se dedicam a sua vida e sua evolução. Não sou contra a ambição em ser eficaz, mas há contexto no que é ser eficaz e ser um tremendo canalha. Em muitas empresas, não dão muito valor a uma faxineira por ela apenas limpar. Mas ele é sim eficaz em administrar a sua vida fora dali e se preocupar em ser um ser humano melhor, não um rótulo. Há adminstradores "ditos eficazes" que sabem dar nó em pingo d´água, mas sem seu cargo é apenas mais um fora do trabalho e nem administrar sua vida sabem direito, mas cada caso é um caso.
Pessoas adoram rotular tudo, "esse é isso", "esse é assado", "aquele cara é um mal-amado", "o que vale é ser FDP" e outras coisas. Pra mim, é tudo furada.
Gosto de viver minha vida em sua maior parte sozinho, pois sei que muitos não gostam de visitar os locais onde vou, não gostam de ficar horas em sebos, bibliotecas e afins, eu gosto e não me sinto um alienígena por ser assim, tanto que tenho amigos de todos os gostos e gêneros, não rotulo, gosto de estar perto de quem gosto, não forçando ser quem não sou e todos entendem esse ponto de vista.
por isso que questiono o porquê que incomodo tanta gente que nem me conhece direito, pois a primeira vista me acham arrogante e metido. Não sei e nem pensei muito no assunto até algum tempo.O que percebi é que temos uma sociedade em "estar" é melhor do "ser". O que vale é aparecer na televisão em reality shows mostrando uma autencidade fabricada, enquanto as pessoas autenticas de verdade estão por aí ralando para ter uma vida melhor, mas como gente batalhadora nunca dá ibope , elas seguem anônimas do alto de suas vidas simples. Para mim o que vale é aproveitar os momentos de felicidade e agradecer sempre o que de bom acontece comigo, o resto, bom, o resto não interessa.
sexta-feira, março 26, 2010
Quem quiser a letra aqui vai:
This.......this is the way
This is the way i wanna live
I'm going through changes
This is the way i wanna live
From this day on noone is going to tell me
What i should do or what i should not
That ain't the way,
The way that it shall be fight it all the way
So let them vultures prey on each other
Don't let them spoil it you've come this far
Coming out like a force of nature
This is the shape of things to come...
This.......this is the way
This is the way i wanna live
I'm going through changes
( coming up, coming up )
This is the way i wanna live
So if you're feeling sort of down & out
Don't loose ya faith, wipe away the doubt
You must take a stand that's what it is about
If nothing else works just shout!
You're no baloney homo sapien
You're the original king of the hill again
Coming out like a force of nature
This is the shape of things to come...
This.......this is the way
This is the way i wanna live
I'm going through changes
( coming up, coming up )
This is the way i wanna live
terça-feira, janeiro 12, 2010
Coisas que a gente encontra na net (2)
Site interessante sobre ficção científica, literatura, quadrinhos, filmes, etc.Para quem gosta de saber sobre esses assuntos, esse site esclarece muita coisa. Divirtam-se:
http://universofantastico.wordpress.com/
segunda-feira, novembro 09, 2009
Coisas que a gente encontra na net
Episódio piloto da Zona de Spoilers Classic. Neste novo formato, os nerds assitem e comentam filmes clássicos de suas vidas.
Neste episódio: Comando para Matar
Tratamento de áudio: Diego Moreno
Tratamento de vídeo + Vinhetas: Gaveta
www.jovemnerd.com.br
quarta-feira, novembro 04, 2009
This is it
Há algum tempo venho observando que Michael me ensinou coisas que não dava muita importancia, como dedicação ao que se faz e como marcar a vida das pessoas com uma obra que atravessará gerações.
Não tenho a genialidade dele, que compunha, cantava, dançava e conhecia como ninguém o show business e como se promover para atrair as multidões, sou apenas um roteirista dedicado que aprende a cada dia o que agrada e o que desagrada as pessoas (gosto de estudar o mundo e dele extrair minhas histórias, ainda sou um aprendiz) e que escreve para quem quer ler e não perco meu tempo com gente que critica por criticar sem base nenhuma.
O documentário foi o primeiro que eu vi no cinema, porque gosto mais de filmes de ação e de terror e acompanhei meus amigos na empreitada esperando algo póstumo e cheio de chatices e me enganei. O filme foi a essência do que poderia ter sido o show do século (para quem não viu, corra antes que só saia em DVD) e a dedicação de todos nesse evento.
A parte que mais me chamou a atenção foi o brilho nos olhos das pessoas ao falar dele e a emoção de estar perto de um mito.
Quando vemos ele em cena, esquecemos os escândalos, as bizarrices e tudo que Michael passou em seus anos turbulentos e somos tomados pela essência que o mito que ele se tornou traz.
Sinceramente não acredito que outro chegue nesse patamar tão cedo, com tantos ídolos fabricados e tantos exemplos de má arte que se vê por aí noto que cada vez mais me isolo em meus gostos e atitudes.Tento pensar que foi a obsessão de Michael pela perfeição e por ser o número um que o tirou de nós e sempre me lembro de uma frase de um grande amigo meu: " O ótimo é inimigo do bom" complementado por outro amigo com uma certa ironia;" o excelente é inimigo do ótimo". Penso que no mundo que vivemos sempre somos bombardeados com críticas e sempre temos que nos superar, o que não acho errado pelo fato de estarmos sempre evoluindo, mas acredito que um bom trabalho é um bom trabalho nada mais.
Pessoas que morreram pela obsessão em agradar a crítica sempre torci o nariz contra, pois sempre se esquecem que os sustenta são os fãs que acompanham seu ídolo em todos os momentos.
Conversando com os verdadeiros fãs de Michael Jackson percebi que eles não sem abalaram com as acusações graves que foram feitas a ele e o apoiaram até ele se provar inocente ao passo que seus detratores o malharam até dizer chega e depois que ele morre os que o criticaram o endeusam, pra mim pura hipocrisia. Como escrevi acima, não sou fã dele, mas o respeito porque mudou a forma como vemos a música pop hoje em dia e isso deve ser considerado.
Sem esquecer as marcas mundiais de suas músicas que alcançaram a eternidade em músicas como "Thriller", "Billie Jean", "Earth Song" sem contar o marco "We are the world" que considero chata, mas deve ser lembrada. Há outros que o precederam que tiveram o mesmo brilho, mas como Michael recentemente morreram nos deixando orfãos de sua companhia e criando um vínculo com sua arte, seja ela pintura, cinema ou Literatura.
Muitos dizem que foi Deus que o chamou para brilhar no céu, desculpem, se Deus for assim como pintam os fanáticos, ele deve ser um sádico que gosta de ver nosso sofrimento, bom, antes que me joguem pedras, é o que eu acho desse conformismo fatalista e masoquista que muita gente vive. Aprendi que a gente não nasceu pra sofrer, mas para evoluir e viver bem, mas não vou entrar no mérito da religião, vou deixar isso para outro post.
Voltando ao trabalho que ele realizou só tenho que dizer muito obrigado por nos dar sua genialidade mesmo que por um instante.
Aprendi que nos dedicando chegamos aos nossos objetivos, mas não devemos nos frustrar se não seguimos os passos deta ou aquela pessoa, devemos nos esforçar para deixar nossa marca que com certeza seremos lembrados pela eternidade.
e como Michael disse:
-This is it (é isso!).
sábado, outubro 10, 2009
O que é bom para você?
Está na hora de pensarmos que sociedade queremos aos nossos descendentes porque pelo jeito que está estamos a mercê de pessoas que agem como donas da verdade e que querem te pasteurizar a qualquer custo. Pague seus impostos, mas quando vier sua restituição não iremos pagar porque você deve ser paciente para o bem na nação.Sei, temos governantes que apóiam terroristas de ditos movimentos de reforma agrária, é amigo de ditadores de esquerda, quer por quer nos controlar em tudo e ainda sofremos cada vez mais essa pressão de sermos "descolados" pois SOMOS O PRIMEIRO PAÍS DA AMÉRICA LATINA A TER UMA COPA E UMA OLÍMPIADA AO MESMO TEMPO. Pra mim não quer dizer nada, eu não sou lobista e não tenho paciência pra trocar pau-brasil por espelhinhos brilhantes.
Na Argentina eles calam a imprensa que fala mal do governo e limitam a informação para limitar o debate e pasteurizar o pensamento. Todos devem ser felizes e não reclamar? Sei, se eu não gosto de alguma coisa tenho que ucar quieto porque não é moralmente aceitável ser contestador.Para os que me acusarem de ser moralista, só digo que sei que é bom pra mim , para os outros sinceramente não me interessa, pois nascemos todos com livre-arbítrio.
Noto que somos bombardeados a cada dia com notícias e mais notícias ruins, qual o objetivo? Nos apavorar, nos provocar ou apenas nos alienar do que realmente interessa, nosso crescimento pessoal?
É bandido elevado a condição de herói, novela que ensina valores deturpados de famílias desagregadas, drogas, apologia ao promiscuidade, músicas de gosto duvidoso e uma série de incentivos a tantas coisas que nem convem falar nesse post.
Ressaltando, odeio o politicamente correto porque cheira a hipocrisia pura, porque quem gosta de ser totalmente correto (coisa que nem mesmo eu sou, porque sou humano e tenho defeitos) e quer que todos o sigam nesse fanatismo pra mim está mais para ser gado do que condutor do rebanho.
Ouço todos os dias, o mundo é injusto, o ser humano é podre, blá,blá,blá.Ora, é muito fácil reclamar do vizinho quando somos nós que devemos mudar nossa atitude. Se você vê sua filha namorando um canalha que a vai sofrer, interfira para que ela não seja mais uma vítima, mesmo que ela não queira. Se um amigo está mal e quer desabafar, ouça, não dói nada e se pessoas fazerem apologia ao banditismo se separe delas. Sempre estamos entre a cruz e a caldeira quando as coisas são relacionada s a nós, mas ficamos em nossa zona de conforto achando que "Deus" vai fazer tudo por nós. Acredite, fanatismo e comodismo nunca pôs comida na boca de ninguém...
Escrevo sobre isso porque vi que era hora de desabafar sobre um pouco do que eu acho da politicagem em que estamos metidos e toco em um assunto delicado: como serão a copa e a olimpiada em nosso estimado país?
Torço para que seja um sucesso e a gente seja reconhecido mais do que um país com carnaval, futebol e promiscuidade exagerada. Acho estranho eles acharem que somos uma selva quando somos a oitava economia do mundo. Não acredito que sejamos pobres, mas com uma renda muito mal distribuída.Se bem com vizinhos como Venezuela, Bolívia e estarmos metidos em Honduras, não acredito que vá mudar tão cedo se as pessoas não se levantarem contra países de idéias totalitárias e alienantes com populações cada vez mais pobres e exploradas por governantes que só enxergam o proprio ego, nada mais. Aqui no Brasil é tabu dizer que guerrilheiros não devem ser indenizados por terem sido reprimidos. Primeiro, o plano deles era tornar a América Latina uma U.R.S.S. e segundo, quantos inocentes esse povo não matou, mutilou ou aterrorizou e não vejo o governo levantar um dedo para ajudar essas sim, as verdadeiras vítimas de guerrilheiros, que como disse, estavam apenas pensando no próprio umbigo. Hoje, eles são os mesmos que mandam no país e vejam o que aconteceria se o golpe deles desse certo, estaríamos pior do que qualquer país paupérrimo pelo globo terrestre. Uns vem dizer que ter dinheiro não traz felicidade, mas dá uma saúde melhor, uma escola melhor para seus filhos, uma vida melhor e todo o conforto que você puder sustentar. Ou por acaso quem em sã consciencia gosta de ser pobre ou miserável e bradar aos quatro ventos que é feliz tendo uma penca de filhos, morando em condições subumanas, vivendo de subsidios do governo e se acomodando porque as pessoas que se esforçam e tem uma vida melhor tem que sustentar quem só quer e quer sem se esforçar.Sei de gente que mendigava e hoje é empresário porque não se acomodou na sua vidinha miserável e não ficou esperando as coisas caírem do céu e reclamarem do patrão que o paga pouco mas se esquece que ele tem contas a pagar, inclusive as suas.
Por incrível que pareça as coisas e os problemas são simples de resolver, mas achamos tudo mágico e insolúvel pois não nos damos o trabalho de pensar em uma solução palpável o que nos cerca. Como disse, sei o que é melhor para mim e estou apenas expressando minha opinião e siga quem quiser e não quiser agradeço por ler esse post até aqui.
Acreditem, sempre dá-se um jeito para melhorar as coisas quando tomamos a atitude certa.
Alguns links relacionados a essa matéria (vejam se estou exagerando e tirem suas conclusões) :
http://raknay.com/team (uma entrevista esclarecedora com uma blogueira cubana)
http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,kirchners-aprovam-lei-para-cercear-meios-de-comunicacao,448818,0.htm
http://blog.estadao.com.br/blog/guterman/?title=a_maconha_e_o_bode_da_revolucao_bolivari&more=1&c=1&tb=1&pb=1
http://www.averdadesufocada.com/ (esse bastante esclarecedor)
segunda-feira, agosto 24, 2009
Para relaxar (Era)
quarta-feira, junho 03, 2009
Quem pode te avaliar?
Também vejo com a mesma preocupação tais “celebridades” ditarem todo santo dia o que eu devo fazer da minha vida, como devo agir, como devo me vestir e até me portar.
Eu na minha eterna teimosia não acredito em nada que dizem e prefiro ficar mais na minha tentando dar um sentido em minha vida.
Se o que eu desenho é bom? Não sei. Há quem goste.
Se o que escrevo é bom? Também não sei, escrevo para quem quer ouvir minha opinião e debater com ela. Eu não sou o dono da verdade e nem o cara mais inteligente do mundo, mas tenho algo que falta para a população em geral, personalidade.
Detesto quando fulano vem comparar com tais “descolados” que não acrescentam nada em minha existência ditarem como talibãs que eu devo ser de tal jeito. Isso acontece entre os fanáticos religiosos, que sempre tentam te empurrar que a religião deles é melhor que a sua, sei lá, ninguém nunca me mostrou uma gangrena sarar com a mesma velocidade que o fator de cura do Wolverine só com fé, não com remédios e antibióticos. Gosto de pensar que cada um deve viver sua vida sem interferência de outros, pois se você é integro, honesto e vive bem sua vida não precisa que gurus fiquem lhe enchendo o saco para você se encaixar no padrão deles. Diga-lhes educadamente:
-Vão a m...!
Há uma campanha indireta de pasteurização de pensamento que é preocupante, pois faz as pessoas ficarem parecendo zumbis que acreditam em tudo que lhe ditam. Não adianta só ver tragédias na TV e ficar indignado, isso é acomodação. Ficar só no discurso não adianta nada, pois vivemos em uma época que todos querem impor suas idéias como verdades absolutas e sem discussão, vejamos o exemplo de nossos hermanos que acham que vestir a foice e o martelo e deixar a população morrendo de fome é a solução. Sem contar aqueles que vivem sob o terror de um ridículo ditador da Coréia do Norte que só sabe abrir a boca para ameaçar o mundo. Pelo que sei, por muito menos se invadiu o Iraque...
Vivemos numa ditadura ideológica de esquerda em nosso país que prega que ser pobre e adorar seus lideres como deuses é bom, discordo, pois nosso governo é formado por terroristas, guerrilheiros e bandidos, que moral eles tem em impor suas idéias para nós? Parece que é pecado ir contra o que nos impõe e a toda hora somos avaliados por pessoas que nem sequer sabem avaliar a si mesmas, é o policial que te para, mas deixa o bandido escapar, são aqueles que pedem esmola e reclamam de você por ser insensível (sei, alguém quer viver explorando a misericórdia dos outros e que eu sou insensível, muitos que se utilizam de crianças para esmolar e não dar escola e eu que sou um monstro sem coração, pensem por favor)é o cientista social que diz a violência é culpa do cidadão e que a falta de oportunidades e pobreza justificam um drogado desocupado e vagabundo lhe dar um tiro na cara porque a sociedade me culpa por algo que nem tenho consciência que supostamente fiz?
Trabalho bastante, pago minhas contas e tento me divertir e alguém que não quer ser nada me culpa pelo comodismo dele. Isso vem ao titulo do post: Quem pode me avaliar?
Então a opinião de uma apresentadora barraqueira, de uma pseudocelebridade ou a ex-prostituta vale mais do que a minha e eles podem me avaliar e eu tenho que engolir na boa?
Tenho que ser um pai de família, com quinhentos filhos que não posso sustentar só porque o mundo me avalia dizendo que sou errado porque quero ser solteiro e feliz?
Sou egoísta por trabalhar bastante e passear nos lugares que gosto sozinho e comendo que eu quero?
Sei que estamos em mundo globalizado, mas essa vigilância eterna me irrita porque não há motivo em existir, pois se a gente seguisse os que a gente achasse certo e não prejudicasse os outros haveria menos divergência no mundo e analisando melhor é utopia, pois as pessoas têm necessidade de serem seguidas em suas idéias e quanto menos questionamentos melhor.
Faço o que acho melhor e quem quer me avaliar, que avalie, pois vou ignorar normas e imposições para minha vida e você leitor, quem te avalia, você mesmo ou o mundo?
quarta-feira, março 11, 2009
Não somos todos iguais
Acompanho hoje em dia a mania que as pessoas tem de se comparar a outros mais bem-sucedidos que existem por aí. É reality show sem sentido que quer produzir pseudocelebridades, é banda cover da cover que imita o que está ruim (sei que cada um tem seu gosto e respeito muito, mas vejo que não há muito critério para se colocar alguém na mídia somente para angariar uma pequena leva de fãs loucos que nem sabem o que estão fazendo por seu ídolo que está lá apenas para marcar número) e todos querendo ser quem não são. Critico a cultura do “ eu tenho, você não tem” que impera hoje em dia.
Que bem vai fazer da minha vida se o galã da novela está com a atriz revelação do teatro? Pra mim nada, mas com os que adoram comparação sempre vem aquela maldita frase:
“Como eu queria ser essa pessoa”.
Não se iluda, pois é perda de tempo querermos ser outras pessoas em nossas vidas, já pensou como seria um verdadeiro marasmo todos iguais feito cópias agindo de maneira igual e sem evolução.
Todo mundo hoje quer ser o jogador do momento, a modelo requisitada, a celebridade internacional e as pelatrizes (neologismo que inventei para essas modelos que só são conhecidas por posar nua, mas insistem em querer “mostrar” inteligência aparecendo como apresentadoras ou algo que não precisem de nudez explícita quando deixam de ser interessantes ao público e pergunto que mal se tem em ser uma modelo que aparece nua? É um trabalho como outro qualquer, mas como a sociedade encara esse tipo de trabalho como prostituição, elas querem se proteger com essa aura “séria”) da capa de revista masculina que desafio qualquer um a lembrar o nome de uma sequer.
A baixa autoestima faz com que as pessoas achem que uns sempre são melhores que os outros, mas vejo que quando são famosas querem voltar a ser anônimas, uma contradição total.
Eu pelo menos quando quis ser alguém,queria ser como os idiotas que “catavam” todas e não ficavam com nenhuma e ao longo dos anos percebi que era melhor ser sozinho e verdadeiro do que um conquistador barato que está casado e com uma penca de filhos e mal possui dinheiro para pagar o aluguel.
Nunca fui de seguir ninguém e tenho minha personalidade e sempre sofro por ser sempre eu mesmo. Ora quem gostar de mim vai gostar de qualquer jeito não?
Acreditar que os outros possuem a solução para tudo é a mesma coisa que dizer que não se cresceu totalmente.
Tenha certeza de uma coisa, não acredito em correntes, misticismo ou qualquer solução mágica para nossas vidas, pois se houvesse um botão de reset para todos nossos problemas, ele já teria quebrado pelo fato de todos almejarem a posição dos outros ao invés da própria. Todos possuem defeitos, querem ser mais magros, mais populares ou até mais ricos, isso não se consegue sem percebermos que somos sim diferentes uns dos outros e ficar nessa de comparações não leva a nada.
“ Olha, aquele fulano é melhor do que você, tem esposa e filhos” . Pra mim não quer dizer nada - “Uma pessoa só é responsável de verdade quando se casa”- Outra bobagem, o que é verdade pra um não é para outros. Falo por mim, não quero ter filhos nem me casar e sou pressionado a seguir a “cartilha” do bom moço que se casa e obedece quem manda nele, creio que muitas pessoas ficam infelizes por não expressarem o que sentem de verdade para outros, eu não tenho esse problema, mesmo que isso contrarie a opinião pensante, não estou aqui querendo que todos sigam minhas idéias, mas pensem em ser vocês mesmos ao invés de achar que seu vizinho é melhor do que você e ficar idolatrando o traficante achando que ele é o seu ídolo, achar o político e o corrupto sempre estão certos, sinto lhe dizer: procure ser você mesmo e se aceite como você.
Nem sempre o que parece bom para os outros é bom pra gente.
Fiz essa postagem por sugestão de:
http://quickpeep.blogspot.com
quinta-feira, fevereiro 12, 2009
Observando nossa autoxenofobia
Até quando iremos agüentar tais abusos?
Vivo conversando com amigos que sempre reclamam que o Brasil é isso, o Brasil é aquilo e que preferem viver nos Estados Unidos, Na Europa ou até no Japão. Nada contra, se há uma chance de crescimento pessoal tem mais é que correr atrás de um desenvolvimento é normal para qualquer pessoa querer melhorar de vida, o que me intriga é que uma brasileira, advogada formada e com situação estabelecida e trabalho bem remunerado e com uma vida relativamente feliz é achincalhada por um grupo de pessoas ignorantes que só entendem a violência como forma de expressão pois se sentem tão inferiores por não se esforçarem para ser alguém que sempre culpa o outro por ser incapaz de melhorar de vida, um completo imbecil diga-se de passagem.
É muito fácil culpar os negros, os latinos, os orientais ,os judeus ou qualquer um que fuja do “padrão de raça pura” por tudo que ruim que há no mundo sendo que essa “raça pura” e seu pensamento retrógrado que faz o mundo regredir cada vez mais. Quando digo “puro” me refiro aos que não gostam de se misturar, sejam eles indianos, italianos, americanos ou até brasileiros com ideais tão antigos que nunca enxergarão a verdade que o mundo só irá evoluir quando nos vermos como cães, diferentes na aparência, mas iguais na espécie.Nossa arrogância em nos achar superior que cria uma geração de pessoas desassistidas sem famílias estruturadas ou orientação adequada.
Lembro de termos aberto nossas portas para o mundo quando no começo do sec. XX e hoje vejo quanta dedicação deu, abrigamos uma família real que nos dilapidou quando saíram do país, saques e mais saques de nossas riquezas por praticamente o mundo inteiro e quando tentamos ter a mesma chance somos taxados de ladrões, oportunistas, pessoas negligentes que não ligam para o próximo, então é isso que nos reduziram? Nada? Se é para ser assim que fechemos nossas fronteiras para todos.
Somos o país que mais acolhe refugiados, ajudamos em muitas guerras para a melhoria das condições de outros países mas ainda assim nossa dedicação nunca é o bastante, o que o mundo quer? Que a gente abra as fronteiras e deixemos que viremos um país de quinto mundo, onde se morre até de gripe por falta de tratamento? Que nossas mulheres e jovens sejam todas prostitutas, que nossos homens sejam traficantes e assassinos? Sim, isso seria uma visão que quem trata os brasileiros como lixo querem e só digo uma única frase:
“VAO PRO INFERNO!”
Adoro meu país e reconheço a importância cultural que os estrangeiros nos deram, mas isso não significa que não vou dizer “-Bem feito, ta vendo, ela estava no lugar errado tem mais é se ferrar!”. Enquanto a gente se digladia feito besta fera eles gozam com nossa desgraça.
Se um estrangeiro sofre qualquer coisa aqui reclamam que aqui é um país violento e blábláblá.
Se o mesmo ocorre conosco, silencio e mais silencio.
Só agora o governo se preocupa com o que ocorre conosco porque isso lhe convém, mas na verdade estamos é sozinhos contra o mundo.
Enquanto em país como o nosso um cachorro de madame anda com coleira de R$ 1.500,00 um trabalhador tem que se virar com um salário mínimo, mas a culpa não é da madame, mas sim de quem fica acomodado em uma vida medíocre e não quer crescer na vida. E isso não se faz reclamando do próprio pais. O Brasil é maravilhoso, o que estraga é a mentalidade atrasada de um povo que gosta mais da foice e o martelo do que o estudo e a dedicação a melhorar o que está á sua volta.
Por isso quando estiver lá e alguém lhe cobrar porque você invadiu o país dele só diga: Se não fosse pelo meu país vocês estariam na idade da pedra dançando em volta de uma fogueira.
Tenha orgulho, pois ser brasileiro é a melhor dádiva que podemos ter. E tenha orgulho disso.
quinta-feira, fevereiro 05, 2009
PELADAMENTO DE VOLTA
Mais uma matéria de Ithamar Paraguassu acerca de suas observações sobre o mundo contemporaneo e o que ocorre no Brasil.
O Brasil sempre foi um país considerado avançado socialmente por causa de nossa tolerância, falta de segregação, multietnicidade e principalmente o que eu erroneamente chamo de "peladamento."
No ano passado foi proibido que mulheres nuas desfilassem no carnaval, um dos maiores símbolos do avanço social do nosso povo.
Recentemente um grupo de turistas européias foi repreendido por fazer topless, para surpresa da mais velha que declarou que já veio ao Brasil 5 vezes desde 1985 e sempre fez topless na boa.
Esta semana ( exatamente 3 de fevereiro de 2009 ) dois alemães, foram repreendidos por se trocarem no saguão do aeroporto de Salvador-BA na frente de todos. Eles se surpreenderam pois acreditavam que era uma pratica normal no Brasil pois assim o é em seu país de origem e que ja haviam feito isso antes.
Tem havido um belo estardalhaço sobre o assunto. O problema é que alguns anos atrás aconteceu a mesma coisa e passou batido como um simples mal-entendido engraçadinho.
Ultimamente existe uma mentalidade pró atraso social aonde as pessoas tem orgulho de involuírem socialmente.
Eu lembro quando era criança que tínhamos orgulho dessa imagem que os outros países tinham, nos vangloriávamos por sermos o país mais avançado do continente, mais avançado até que os estados unidos.
Me pergunto se é apenas o impulso de copiar a cultura americana, ou um reflexo de uma ignorância maior.
Será reflexo do crescimento do socialismo? Muitos jovens apóiam o comunismo coisa que em qualquer país civilizado é equivalente a apoiar o nazismo.
Vejo nas novas gerações uma vergonha disso e um assustador desejo por censura e repressão. Nunca imaginei que veria jovens que se declaram contra a liberdade.
Talvez tenha algo a ver com o fato dessa geração ter crescido com censura e menos acesso a cultura?
Quando criança eu via cenas de sexo velado e nudez na sessão da tarde, seios de foram em tudo quanto é lugar, todo tipo de obras de arte envolvendo nudez e crescemos relativamente saudáveis, já a nova geração é psicótica, valores distorcidos, confusos e contrastantes ( quando tem valores ) e um pensamento no mínimo um século atrasado.
Recentemente no programa Altas Horas, Maite Proença que posou para a edição que foi a maior vendas na historia da Playboy Brasileira, declarou seu choque ao ver as garotas de 18 e 20 poucos anos falando sobre posar nuas por dinheiro pra ela pareciam prostitutas falando.
Ela foi a primeira nudez na TV em 1986 na novela Dona Beija e todo mundo considerou isso um tremendo avanço social, principalmente porque não ouve polemicas ou escândalo, o país todo ficou orgulhoso disso. ( É verdade eu me lembro. )
Quando saiu na Playboy foi por motivos artísticos e até pela carreira dela, nunca pensou em dinheiro momentâneo, ela tinha toda uma visão de avanço social, arte e glamour que começou com Marilyn Monroe.
Ela voltou a posar nua em 1996 já com uma filha de seis anos e novamente não fez por dinheiro, era uma diversão, uma homenagem, principalmente para mostrar uma mulher bonita de meia idade.
Declarou que a conversa sobre as garotas esperando ofertas melhores e que só posariam por muito dinheiro ou que só posaram pelo dinheiro pareciam um bando de prostitutas falando. ( E pra mim pareceu também. )
Isso mesmo ela falou que as novas atrizes da emissora ( as estreantes de novelas adolescentes) que falavam sobre sai peladas por dinheiro pareciam prostitutas falando e disse na cara delas.
Em geral vejo muitos jovens reclamando em geral que estrangeiros tem uma imagem de mulata e bunda de fora. Como um slogan , pois usam exatamente a mesma frase
Mas o problema é que essa imagem de mulata e bunda de fora não é pejorativa como fazem parecer, muito pelo contrário.
Tenho muitos conhecidos estrangeiros e eles tem é admiração dessa imagem de mulata e bunda de fora.
Todos os americanos que conheço falam com admiração e esperança de que um dia os Estados Unidos sejam tão avançados para que relacionamentos interraciais e nudez sejam aceitos com tanta naturalidade quanto é no Brasil.
Eu só sei uma coisa, o fim da liberdade da nudez no Brasil não é um bom sinal.
Acrescimo de Kakashi Sensei: toda essa celeuma em torno de nudez a meu ver tem mais a ver com hipocrisia do que propriamente com a preocupação com o bem-estar do próximo. Agora digam, quem em sã consciencia vai achar pornográfico a simples nudez diária que ocorre no dia a dia, seja em praias, clubes ou até em casa. Sou contra a vulgaridade exagerada que muitos reality shows tem por aí, isso é uma opinião pessoal sobre o assunto. Eu mesmo não vejo nada de mais nesse aspecto, o que não se pode é proibir por proibir para se sentir importante. Recordo-me de ver nudez em vários horários na televisão e me acostumei com o fato. Devemos tomar cuidado com pequenas atitudes arbitrárias que autoridades tentam impor, devemos sim reprimir atos criminosos de tráfico humano e exploração, mas isso não deve ser desculpa para se implantar idéias retrógradas para como as pessoas devem agir. Para isso existe o livre-arbítrio e o bom senso de cada um. Nudez não é o problema, o problema é que há pessoas loucas para tomar o que é seu por direito, sua liberdade de agir e pensar, se não nos manifestarmos, logo logo teremos um regime pior do que a teocracia do Irã, onde mulher nem pode dirigir e andar sozinha, é isso que queremos?
quarta-feira, novembro 26, 2008
ler é coisa de gente chata(2)
Evoluí estudando outras línguas. Eu gostava de aprender japonês decifrando os ideogramas como um arqueólogo, mas dizer que sou mais impor que os outros deveriam fazer o mesmo é absurdo.
Nosso querido Monteiro Lobato já fazia isso em sua época, quem leu seus textos já percebeu suas alfinetas em favor da simplicidade e do coloquialismo. Principalmente em Emília no País da Gramática aonde já começa criticando os que “escrevem como no século 16 por esporte”.
Essa lamentável ditadura de estilo começou no período colonial do Brasil, quando o trabalho era responsabilidade da mão-de-obra escrava, e a classe letrada era uma elite que dedicava muito tempo lapidando textos que valorizavam a estética e o subjetivismo.
Monteiro Lobato combateu arduamente essa mentalidade elitista. Defendeu a alfabetização em massa e promoveu grandes avanços em nosso país. Qualquer um pode ser lembrar do célebre Jeca Tatu que serviu como símbolo da educação. Ele pregou que um bom texto está na substância, na simplicidade, na clareza, na riqueza de detalhes e na integridade lógica.
Assim como se prega em todo o mundo.
Esses conceitos retrógradas voltaram, quando artistas e jornalistas tinham que informar mas tinham receio de se comprometer. A "liberdade vigiada" daqueles anos de regime de exceção exigia um subterfúgio, uma linguagem não-explícita, cuja mensagem ficasse por conta da capacidade de imaginação do leitor.
Após a ditadura esses artistas e jornalistas subiram ao poder se tornando grandes formadores de opinião e ao contrário do que pregaram trouxeram ignorância e uma mentalidade antiintelectualista que jogou a Educação Brasileira num abismo descerebrado que a tornou uma das piores do mundo com o argumento de que são contra a Ditadura ou que querem doutrinar as pessoas para a esquerda política.
Sem falar que essa atitude bitolante de você tem que ler isso ou assado gerou a mentalidade de que ler é coisa de gente chata e metida a besta.
Eu lhe pergunto como uma mente sã vai dizer que um estilo de escrita usado como código secreto de guerra, serve para o dia a dia de uma população.
Sempre escuto que é muito fácil escrever se não vamos rebuscar o texto, pois eu digo que fácil é escrever um texto rebuscado e ficar choramingando que o público não tem capacidade de compreender.
Difícil é fazer um texto fácil de ser compreendido, que agrade o leitor o suficiente pra se fazer sucesso.
Eu comprovei o que Lobato dizia com essa pessoa que afirmava não gostar de ler. Pelo gosto dessa pessoa em filmes de fantasia lhe ofereci “Artemis Fowl o menino gênio do crime”. Claro que ninguém é besta de torcer o nariz para um livro infanto-juvenil na minha frente, pois eu o colocaria como a pessoa mais tacanha da face da Terra. Já disse que sou um Lobatiano e concordo com Monteiro lobato que “um país é formado por homens e livros”.
Harry Potter já mostrou que crianças de nove anos lêem livros com mais de 600 paginas se o conteúdo for interessante.
Ele comeu Ártemis Fowl em poucos dias, voltou querendo mais e eu já lhe passei os outros livros da série. Em seguida fui lhe passando outros livros divertidos e de fácil leitura. A série Crestomanci de Diana Wine Jones, Karas de Pedro Bandeira, Nárnia e Harry Potter. Terminei com a serie Fronteiras do Universo que considero a transição perfeita para temas mais tristes e adultos.
Logo meu amigo mergulhou de cabeça em Senhor dos Anéis, romances de Dan Brown, Stephen King e passou a ler o que ele chama de livros técnicos (não- ficção. ) Ficou viciado em ler e hoje em dia lê no mínimo três livros por semana. Qualquer lugar está lendo: Lê no computador, no ônibus, em filas, no banheiro e onde puder.
Continuei com essa campanha de leitura que logo foi abraçado por outros que também se tornaram ávidos leitores. Progressivamente passamos livros divertidos e agradáveis de se ler. Logo estão lendo os mais grossos e chatos livros só pela compulsão de ler.
Terminando, reencontrei meus colegas que ficaram espantados como essa pessoa que dizia não gostar de ler agora já havia lido mais do que eles, possuía uma capacidade de comunicação e conhecimento muito superior a deles.
Novamente perguntaram o que ele pensava sobre os renomados escritores Brasileiros, agora que gosta de ler livros grossos e com milhares de páginas.
Ele olhou e falou: - Pra mim escritor Brasileiro é tudo uma bosta. Só suporto Paulo Coelho e André Vianco.
Eu olhei e só pude falar. Ignorante ele não é. Esse é o gosto dele.
Ps.: acrescentando ao que ele escreveu, sou uma das pessoas que não suporta mais ouvir de Machado de Assis, respeito como pessoa , mas não gosto de sua obra. Pra mim texto rebuscado não era uma coisa boa nem naquela época, nem nunca e por isso que vejo a nova geração mais se viciando em "miguxês" de Internet, desaprendendo a escrever mesmo terminando o colegial e se encaminhando pra faculdade com uma incapacidade gritante de escrita. Com obras cheias de preciosismos só estamos criando pessoas desinteressadas por cultura e tudo que possa interessar as suas vidas, além de baladas e bebedeiras. Pra mim escritor tem que ter conteúdo e escrever somente pra ser celebridade por mostrar jovens se drogando, prostitutas falando de suas experiências não me interessam em nada, o que eu quero é me divertir quando leio um livro, não consultar um dicionário.
Ler é coisa de gente chata (parte1)
Um texto enviado por um amigo meu, Ithamar Paraguassu, acerca das inconstâncias que os ditos "escritores" nos fazem sofrer e na minha visão, leitura não é tortura:
A pessoa (Não vamos citar nomes) chega e diz: Ler é coisa de gente chata e metida. Não gosto de ler, tenho preguiça e acho Machado de Assis, José de Alencar uma droga. Chato e desinteressante.
Automaticamente uma voz se ergue com ar de sapiência e autoridade e diz: - È burro!
Eu, é claro critico essa afirmação totalmente arbitrária e sem critério.
Já alguém mais culto e preparado solta a explicação para o caso:
Existem vários níveis de leitura.
Não sei em que você está o seu, mas, o fato de as escolas não acostumarem seus alunos a leituras mais sofisticadas não desqualifica as obras e sim as escolas.
Outra coisa que não pode passar em branco é o seu infeliz comentário de que Machado de Assis e José de Alencar são obras ruins. Não são eles que são ruins, você que ainda não chegou a este nível de leitura.
Eu já usei várias vezes esse argumento de nível de leitura, principalmente pra justificar porque a Juventude Brasileira não esta preparada para o tipo de leitura que lhes é empurrado. Em geral as crianças passam de uma literatura infanto-juvenil agradável como Pedro Bandeira e a Coleção-Vagalume que eu considero uma leitura nível 3 e já são empurradas para uma leitura nível 10 como um Eça de Queiroz que exige um esforço que não estão preparados. Mas o principal fator que faz com que um jovem abandone a leitura é a ditadura de estilo.
Eu fiz um rápido inquérito sobre sua capacidade de compreender textos e ele vez uma eloqüente critica sobre como O primo Basílio foi um livro chato com uma linguagem rançosa, empolada e artificial, descrições longas, monótonas e o enredo é típico de subtrama de novela.
Não tive outra reação além de aplaudi-lo para desagrado dos meus colegas.
O argumento de que é burro quem não gosta de determinado livro é inaceitável. Burro é quem fica repetindo frases feitas sem pensar no assunto.
Minha mãe é uma professora de primeira a quarta série. Uma educadora premiada, filha de um jornalista e casada com redator do Estado de São Paulo, filho de um repórter que foi respeitadíssimo em vida.
Ela que sempre foi a favor da idéia que ninguém é deficiente, só precisa de uma forma especial de ser instruída largou o tal “é burro” sobre quem não lê textos rebuscados. Ela própria se espantou como essa reação foi condicionada. Uma pessoa que não é capaz de interpretar um texto é ignorante e isso nunca pode ser visto como defeito, mas sim como um infortúnio da pessoa.
A pessoa de quem estou falando era completamente capaz de interpretar um texto e procurar qualquer palavra que não conhecesse no dicionário.
Eu mesmo tenho que admitir que sempre torci o nariz pra Machado de Assis. Primeiro por pregarem que ele é um exemplo de se escrever mesmo tendo 100 anos. No primeiro mundo também se estuda escritores centenários, mas ninguém diz que se deve escrever como eles agora. Isso é um absurdo.
Segundo é o poder sócio-político que a Academia Brasileira de Letras tem. Demonstrando a ignorância e falta de critério do nosso país. Por mais respeitável que seja, não passa de um clube de escritores.
Para qualquer um que fique horrorizado ao saber que a Academia de Letras é um clube, saiba que a Bolsa de valores também é um clube de acionistas. E o pior é que a ABL é um clube sem fins lucrativos.
Para terminar o que mais me incomoda em Machado de Assis é que ele próprio criou a Academia Brasileira e se auto-intitulou imortal. Isso pra mim é mais do que suficiente pra perder muito do critério. Perder critério na Academia, e no Machado como escritor, mas aumentar meu respeito nele como realizador.
Continuando com meu conhecido que dizia que não gostava de ler, mas sabia ler muito bem.
Então eu concluí que ele não gosta de ler porque nunca leu nada que interessasse. Essa pessoa lia muitas historias em quadrinhos o que quer dizer que ler, lia. Só não lia livros.
Ler é como ouvir musicas ou assistir filmes, se for obrigado a um gênero que gosta vai dizer que não gosta de ouvir musica ou que não gosta de assistir filmes. E é exatamente o que fazemos em relação a nossa língua.
A postura Brasileira em relação a gramática e a leitura é assustadoramente anti-intelectual.
Eu como bom Lobatiano, acredito que não é você que não gosta de ler e sim que você ainda não leu o que gosta.
Já na década de 30 Monteiro Lobato defendia que nossa língua tivesse uma grafia fonética, simplificada, à de tradição etimológica e seguisse as regras de redação universais.
Frases longas, adjetivação excessiva, tom vago, textos que exigem maior esforço para serem compreendidos, falta de concisão, todas estas características facilmente são consideradas pobreza de estilo em praticamente todas as línguas. Inclusive em português de Portugal. Alias o tal papo de que português é burro surgiu pelo fato deles não “interpretarem” o texto, considerassem elipse recurso a ser evitado enquanto aceitarem e recomendarem redundâncias.
terça-feira, outubro 21, 2008
O mercado da morte
Tenho vergonha de ser um jornalista e formador de opinião.
Acompanho há mais de vinte anos casos e casos de violência de todas as formas possíveis e vejo como a mídia explora a desgraça alheia sem pensar nas consequencias.
Continuo repetindo, sinto hoje asco daqueles que se aproveitam da fragilidade alheia por uma porcaria de ibope ou aumento em seus lucros.Mas a que preço?
A que preço vivemos em uma sociedade onde é divertido ver pessoas sendo mortas ao vivo e sem critério, onde inocentes não podem mais andar em paz que um psicopata lhes tira a vida porque acham que possuem esse direito porque está se sentindo rejeitado ou não consegue mais motivo para viver.
Se as pessoas se sentem inúteis nesse sentido, ou arranjem o que fazer ou se isole de vez ou simplesmente, morram.
Alguns vão dizer, isso não é um ato cristão da minha parte. Primeiro, larguei de vez essa hipocrisia de me sacrificar pelos outros sem nada em troca e segundo sigo minha cabeça, se me prejudica, por conseguinte prejudica o outro, fim.
Onde já se viu, bandido dando entrevista em televisão como megastar? E eu aqui ralando sendo honesto e não me metendo em encrenca sou um anônimo. Se ser anônimo é ter que ser ético prefiro pois ser famoso assim dispenso por completo.
Como disse antes, tenho hoje vergonha de ser formador de opinião com tanto abutre pairando no ar por aí.
Por que atos de bondade são tão raros hoje em dia?Por que temos que perdoar bandidos e não querer que eles vão por inferno? Por que as pessoas não dizem que querem ver um bandido ruim debaixo do chão? Ora, por que somos hipócritas e só enxergamos a dor quando ela bate á nossa porta, vestimos camisetas brancas, soltamos umas pombas no ar, aplaudimos, choramos, fingimos que nos importamos com os outros e depois voltamos para nossa vidas chatas e medíocres, até o circo dos horrores nos presentear com mais um espetáculo dantesco de degradação humana.
Cada vez mais percebo que não adianta espernear, gritar, por isso que sou abertamente a favor de leis mais duras e da prisão perpétua com trabalhos forçados para compensar as vítimas, para fazer o desgraçado pagar com o suor do rosto o que a vítima sofreu e em casos mais severos, a pena de morte mesmo, pois bicho doente tem que ser abatido.
Direitos humanos sempre foram uma única coisa, falácia de pessoas que se sentem culpadas por não ter poder de fazer nada. Chega de tanto conformismo?
Por que não temos o direito de nos expressar acerca de nossos valores, por que não podemos ser a favor de uma pena capital para crimonosos perturbados, até quando temos que ser complacentes com entes que nos são tirados de forma abrupta, basta de hipocrisia, ora se quisermos que o mundo melhore, só precisamos de poucas coisas, uma delas é punir quem lucra com a desgraça alheia, não dê audiência a esses abutres, pense se fosse com você e o mais importante, cuide do seu bem mais precioso, sua dignidade.
quinta-feira, setembro 04, 2008
quinta-feira, agosto 14, 2008
A onda vintage
Andando pela cidade, percebi como as pessoas estão mais preocupadas em preservar o passado e não avançar o futuro. Explico de forma simples, há uma idéia do que é antigo é bom e incontestável.
Isso não é de todo verdade, pois até civilizações antigas cometem seus erros e há aqueles que glamourizam épocas como a Roma antiga e até as civilizações orientais.
Não sou contra o passado, sou até a favor que temos que nos basear no passado para ir para o futuro, o que nos "mata" é o pensamento retrógrado , principalmente no Brasil que sempre tem esse complexo de inferioridade e que acha que épocas medievais dos outros são melhores que muitos feitos que marcam a gente positivamente até hoje. O errado é não avançar. Temos os melhores lugares de criação em termos de medicina, arquitetura e até moda, mas sempre e sempre estamos com essa mania de achar que o passado é melhor do que hoje.
Sejamos sinceros, há coisas que são boas hoje e há coisas que foram boas ontem, mas são épocas e situações diferentes. Ou você acha que a geração Playstation e Nintendo Wii quer saber de Atari ou telejogo? Não, são épocas diferentes e pensamentos diferentes.
Adoro estudar história e saber sobre o passado, há músicas e tendências antigas que eu adoro, mas não troco um MP3 ou um pendrive de 2Gb por um disquete de 5 1/4, isso seria voltar á idade da pedra. Gosto do passado sem deixar de ver o futuro.
Além do mais acho engraçado muitas pessoas usarem camisetas escrito 1965, 1975 ou até 1980 sem saberem que são datas de épocas importantes como 1975 (fim da guerra do vietnã), 1965 (guerra fria) ou 1980(abertura política) quando algumas pessoas que viveram aquelas épocas nem querem saber que elas existem.
Vejo que negar o passado é ruim e viver só disso é prejudicial ao crescimento da pessoa como indivíduo. Repito, não sou contra o passado, sou contra o pensamento estagnado.
Quero apenas expressar minha opinião acerca dessa nossa época de falta de perspectiva e estamos há quase 1o anos vivendo de passado sem melhorar nada. Se alguém for falar de internet, ela já existe desde os anos 80, o que aumentou foi o número de pessoas que a acessam todo dia e temos que filtrar muita coisa que vemos, pois há muito lixo por aí, mais por culpa de nós mesmos do que propriamente de quem faz, pois se gostamos de bisbilhotar a vida de celebridades sem conteúdo (oras, que vai melhorar minha vida se fulano está com sicrana ou se tal pessoa saiu nua numa revista ou se casou ou qualquer coisa?) e aclamamos dinossauros de estilos chatos (confesso, detesto MPB e bossa nova, mas isso é gosto meu) com o rei na barriga que fazem caras e bocas e há quem aplauda. Por favor, tenhamos pelo menos a decência de dizer basta para tudo isso e dizer que queremos ser bem tratados e que queremos conciliar o passado e o passado e o futuro de forma harmônica sem esquecer nem um nem outro. Aprendamos, quem vê demais o passado não tem futuro e quem sonha com o futuro não percebe seu presente.
Gosto de coisas antigas, mas andar de carruagem na cidade somente no séc. XIX ok?
quarta-feira, agosto 06, 2008
Habilidades
Vejo hoje que preciso me aperfeiçoar nesse mundo e estou cada vez mais obstinado em ser alguém, pois na sombra ninguém gosta de ficar.
Estou mais velho, menos paciente e sinceramente, mais centrado em meus objetivos, quero mais desafios em meu trabalho.
Quando nos deparamos com a verdade que nossa vida precisa de um rumo nos faz mais obstinados em seguir o que queremos.
Aprender e usar o que sabemos, esse é o xis da questão.
Logo, logo novidades.
segunda-feira, abril 21, 2008
Os objetivos de cada um
Choramos, vivemos, nos indignamos e ...
É esse o ponto, queremos pregar que nos rebaixar aos bandidos nos tornaremos iguais á eles.O que nos queremos pelo nosso instinto é mais é fuzilar quem faz mal aos outros, por que é errado dizer isso? Se um bandido tem o direito de se defender, temos o direito de expressar que somos a favor da lei do olho por olho e dente por dente. Sou mais simples, matou tem que morrer.
Engraçado, quando lia quadrinhos da era de ouro via um Batman fuzilando bandidos na bala e o Super-homem matando espancadores de esposas os jogando contra a parede.
Será que a hipocrisia dominou o mundo? Quando dizemos que queremos perdoar nossos inimigos queremos mais é arremesá-los do mais alto precipício.
É nesse ponto que matamos nossa vontade de sermos nós mesmos em vários aspectos e acabamos nossos objetivos verdadeiros de lado nos tornando párias de nós mesmos.
Caí nessa besteira de agradar o mundo á minha volta e quanto a mim? O que eu realmente queria até o momento de decidir por mim mesmo?
Quem sabe muitos não se encontraram assim, perdidos em si mesmos e sem orientação se sentindo cada vez mais sozinhos no mundo?
Sou um contador de histórias e minha função é colocar isso no papel para com que não esqueçamos nossa função de conduzir o que há de melhor para nós mesmos, o fato de termos obejtivos em nossas vidas. Se você tem vocação pra dança por que se esconder em algo que não gosta? Por que o outro é mais importante do que nós mesmos? Onde está nossa felicidade?
Sim, sou um contestador nato e sempre serei. O que quero é que cada escolha por si mesmo e expresse essa vontade ao mundo, grite até, pois pior do que o fim é o esquecimento.
PS.: sobre o caso Isabela só tenho uma opinião, gente assim deveria ser castrada pra não trazer inocentes vítimas de sua imbecilidade. Por isso que tomei a decisão de não ter filhos, não quero que descendentes meus vivam com uma espécie tão destrutiva quanto á nossa. Sei que há pessoas boas, mas são tão poucas que acabam pagando por tudo isso.O que me resta é não dar um segundo de paz a essa laia.Não deixem isso acontecer, senão toda essa repercussão vai virar mais uma mera estatística.
Pior que viver na sombra é fugir da luz
Ricardo Bomfim
quarta-feira, abril 02, 2008
mais uma arte.
mais na minha galeria:
http://kiraji.deviantart.com
segunda-feira, março 10, 2008
O valor das coisas hoje em dia
Acho estranho ser taxado de vagabundo ou incompetente, na minha visão gosto de pensar que sou diferente demais da maioria e hoje em dia vejo que muitos conceitos e preconceitos que tinha nada mais valem hoje em dia pra mim. Acho que quando se fica mais velho, ficamos mais teimosos ou mais sábios...
Estar sozinho tem suas vantagens e desvantagens, estar sempre com uma mala nas costas ás vezes nos deixa sem saber se realmente temos um teto ou apenas vivemos temporariamente em um lugar.
Estou numa fase de minha vida que quero conhecer coisas novas e outras pessoas quem sabe até encontrar uma cura para minha inveterada solterice, mas nada de nos afobar é tudo novo e devo ter calma. Vejo que gosto de arte como conceito das coisas, mas ainda assim é que sempre me pergunto quando me deparo com minhas dúvidas: sou artista ou estou artista?
Não que me ache uma fraude completa, mas por me deparar com pessoas que nem tem a metade da minha dedicação e que ganham rios de dinheiro sem ter metade do meu esforço.
Celebridades instantanêas, garotas de programa que viram escritoras, "cantores" de Funk e coisas do gênero me fazem sempre pensar que valor que eu dou pras coisas que eu gosto ou até me dedico e respondo pra mim mesmo que modas vão, artistas ficam.
Quem não se lembra de bandinhas modinhas de anos atrás que ninguém nem sabe que existem hoje em dia ou celebridades que ninguém nem sabe que existem na atualidade.
Sei que sigo meu caminho e não me importo mais com opiniões alheias á minha, mas noto que para ser alguém que marque na humanidade tenho que nunca trair a pessoa mais importante em minha vida: eu mesmo. Quando isso acontecer deixarei de ser quem eu sou para ser apenas mais um que nada acrescenta á esse mundo sofrido em que vivemos.
Portanto, para quem quer seguir a arte como vida só dou um conselho, sejam vocês mesmos, mesmo que isso desagrade a maioria, é sua vida que está em jogo e nunca se esqueçam disso.
Ricardo Bomfim é roteirista, desenhista, arte-finalista, diagramador, ilustrador, escritor e roteirista e apesar de trabalhar por sete ganha como um... é a vida!
quarta-feira, dezembro 19, 2007
sexta-feira, dezembro 07, 2007
Minha liberdade
Sempre fui um ser humano curioso.
Comecei a andar na rua quando tinha meus doze anos de idade e não parei até hoje de ter esse hábito.Caminhando a gente conhece coisas novas e situações idem em nossas vidas e foi sendo esse ser curioso por natureza que conheci as artes e um bairro que me parecia peculiar por sua história, a Liberdade.
Bairro conhecido em São Paulo por abrigar a nata dos abolicionistas do séc. XIX hoje em dia é o reduto de cultura japonesa como não se vê há tempos. Anteriormente fechado em suas tradições há mais de vinte anos atrás começou a perceber o potencial dos visitantes que lá apareciam (lógico que me refiro ao período em que não havia nem metrô por ali) e aos poucos aqueles “japoneses” começaram a aceitar mais a entrada dos ditos “gaijins” em suas ruas. Ora, não somos uma Chinatown em que não-ocidentais não são aceitos nem por decreto, estamos em um país maravilhoso chamado Brasil que nos mostra que todos os povos podem conviver pacificamente e sem rixas.
Confesso que quando comecei a freqüentar mais assiduamente a Liberdade era visto mais como um invasor do que como um amigo, pois todo santo final de semana a minha turma ficava sentada nos entornos no metrô da Liberdade para apenas fazer algo trivial nesses tempos de orkut e MSN : conversar. Sim, conversar sobre vários assuntos relacionados á cultura pop e quadrinhos, quando não sobre alguma série que era fã, e eu empurrava Ranma ½ pra galera. E a cada ia crescendo nossa turma que atormentava os moradores locais com nosso recém adquirido point de encontro. Lógico que houve pessoas que queriam nos expulsar de lá, mas percebendo que não éramos invasores, mas um grupo de fãs que se reunia pra conversar, fomos deixados em paz.
E quem queria um mangá tinha que ser em japonês e através de nossa cara de pau e enchendo o saco de alguma editoras, conseguimos trazer títulos traduzidos com vários temas, muitos se firmaram como editores, desenhistas e até cosplayers. Ou seja, sem querer criamos uma tribo nova no Brasil, os otakus (não ego que faço parte disso) e rompemos a barreira dos que diziam que não conseguiríamos trazer nada de fora relacionado a mangá ou animê (tudo bem que esperei mais de doze anos pra ver o anime que gosto...).
E com isso tenho certeza que Liberdade pra mim é muito mais do que um bairro ou uma palavra, é a minha contribuição para uma arte que muitos achavam distante e provamos que é possível se libertar do convencional e ser algo que falta hoje em dia: nós mesmos.
domingo, novembro 11, 2007
Repensando conceitos
A cada dia que passa noto que a arte está cada vez mais voltada para consumo rápido do que uma apreciação mais duradoura.
Temos hoje Internet, jornais, revistas, compartilhamento de músicas via celular entre outras coisas. Não se dá um tempo para as pessoas se acostumarem com uma mídia quando já vem outra na esteira.
Esses dias tenho resgatado alguns velhos traços dos idos de 1996 (mais ou menos quando me iniciei nos mangás)e notei que tinha mais cuidado nas minhas criações. Não sei se isso é maluquice da minha cabeça, mas tenho a impressão que criava mais do que crio hoje.
Eram de três a quatro enredos por semana, quando agora não crio dois ou três por ANO.
não sei se é o stress da vida ou pelo fato de ficar mais velho que me fez repensar muitas das minhas criações e revê-las é mais um saudosismo de uma década que me dediquei a quadrinhos com mais afinco do que hoje. Quero retomar alguns projetos engavetados, pois com tanta falta de criatividade por que não mostrar algumas idéias antigas?
Confesso que me sinto triste por não ter desenvolvido muitos enredos que até que poderiam dar boas histórias e por falta de iniciativa e por achar “que não estava pronto” deixei de lado. Ora se há tantos desenhos malfeitos e histórias horríveis, por que me julgaria pior ou melhor do que alguém? Se eu for um bom ou mau autor quem julga não sou eu, mas meu público (que por uma estranha razão é predominantemente feminino apesar de fazer histórias de terror, tudo bem, temos muito mais mulheres leitoras...) e devo seguir em frente rumo ao trabalho que eu quero fazer.
E só lembremos á aqueles que seguem modas e tendências de época:
O seu passado reflete o seu futuro e o seu presente é o que você faz hoje.