Recentemente, nas primeiras semanas de 2004 a revista Veja produziu uma matéria intitulada "O Japão é Pop" dando ênfase a recente "orientalização" do Ocidente, destacando que sua influência não se estende somente nos animês ou mangás, mas incluindo aí a cultura de moda, na música e na filosofia religiosa.
Mas será que só o Japão influencia o mundo atualmente? Até um tempo atrás os EUA ditavam moda no mundo com sua cultura das comidas fast-food, cinema e a tão popular Coca-Cola, mas por causa do 11 de setembro (ou até uma desculpa, dizem até os mais exaltados antiamericanistas) as medidas de segurança do novo governo, de posição ultraconservadora, para os estudiosos fizeram a nação mais poderosa do mundo parecer um lugar tomado por pessoas que se preocupam demais com a segurança e se esquece de uma população que em sua maioria se compadece com as vítimas, mas vê as divisas do país serem usadas para criar uma imagem negativa da nação americana, não o contrário. Estes mesmos estudiosos prevêem que o desgaste será iminente com o fortalecimento de nações mais amistosas e de culturas mais antigas, daí a fascinação pelo Japão.
E continua a pergunta, será que é só o Japão que influencia o mundo atualmente?
Ao contrário do que se imagina, a terra do sol nascente também é influenciada por países como o Brasil em ramos como música e cultura, sendo que temos restaurantes que servem feijoada e até academias de capoeira por lá. Além disso, temos a influência em estilos como Bossa Nova e até o nosso conhecido Samba, para tanto têm-se, em terras nipônicas, escolas de samba orientais (e olha que elas dançam tão bem quanto as brasileiras).
Outra cultura que influencia muito o Japão é a germânica, devido a música clássica e por muitos japoneses gostarem do biotipo nórdico no que concerne a olhos e cabelos (note o quanto de loiras de olhos de azuis que há nos mangás).
Estendendo-se mais no antigo continente que até hoje influencia o mundo com cultura que vai desde as esculturas gregas até a música clássica, fascinam o mundo com suas histórias de guerreiros Vikings, os bretões e cruzados. Da parte deles, os europeus adoram o que os mangás oferecem e para quem não sabe foram os principais entusiastas da volta dos Cavaleiros do Zodíaco quando um pequeno de animadores italianos fez uma pequena introdução da saga de Hades que agradou em cheio os executivos japoneses e até o próprio criador da série, Massami Kurumada,percebendo até onde a insistência pode chegar, sendo o sucesso que é hoje. Além do mais há uma nova saga sendo produzida, Saint Seiya G, que conta uma nova história com um personagem que é um cavaleiro de ouro.
Atualmente, no Brasil convencionou-se dizer que há o surgimento de desenhistas de mangá, o que deve ser recebido com ressalvas, pois temos sim pessoas que gostam de mangá e podem até fazer algo no estilo e estudiosos no assunto. Devemos lembrar que mangá não é só um monte de cenas rápidas, mas um estudo aprofundado nas características dos personagens e sociedade. Além do mais, mangá não é um estilo alienígena, é só mais um estilo de quadrinização que pode enriquecer os estilos que já conhecemos, como os comics (sem esquecer que mangá é como é se chama quadrinhos no Japão e só faríamos mangá se fosse publicado lá). Mangá para muitos é uma onda passageira e uma moda. Mas uma pergunta pertinente: porque então há tantas publicações? Pelo simples fato de se diferenciarem das histórias que são comumente publicadas. Há dramas, comédias e o principal, personagens que envolvem os leitores e esse é o ponto que deveríamos aprender com os japoneses e assim criar histórias mais envolventes.
Assim, no final, quem influencia quem?
Ricardo Bomfim é professor de roteiro e quadrinista. Interessa-se pelo fato dos quadrinhos serem um meio de ensino mais viável e de se acabar com a idéia que não são uma boa leitora. Alguém já leu Mulheres Alteradas?
Um comentário:
No se, llamadme pervertido si quereis, pero ESTE es el mejor video que he visto...
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