segunda-feira, abril 11, 2005

Que cultura estamos deixando para nossas gerações?

Vendo uma reportagem no Fantástico de 30 de agosto de 2004 chegamos a um dado preocupante: qual o interesse da juventude atual?

Infelizmente uma parcela considerável de nossos jovens não está pensando que um dia serão adultos com um certo grau de responsabilidade e incentivados pela mídia são estimulados a um consumo desenfreado de valores que não condizem com nossa realidade, como o segregacionismo (separar quem é diferente) e a uniformização do pensamento. Expressões como “ficar”, “agarrar” e “sair catando” estão cada vez mais deixando os pais de cabelos em pé.

Até no Japão, que para muitos otakus de carteirinha consideram o berço da boa educação, está em franca decadência. Os jovens de lá estão desaprendendo sua língua de origem e usando cada vez expressões emprestadas do inglês sem nenhum critério.

Qual o problema do Brasil? Um deles certamente é a falta de uma identidade que nos defina como verdadeiramente brasileiros, sem esquecer que nossa cultura é muito rica em termos regionais e não há razão para se ter vergonha de nossa cultura nativa. Isso não significa que devamos seguir o exemplo americano e achar que uma cultura diferente vai “contaminar” a nossa só pelo fato de ser diferente.

Muitas pessoas dizem que não temos identidade, o que é uma mentira, pois temos o melhor da melhoria de um povo, a assimilação e o respeito pelas culturas diferentes. O que não há hoje é um maior respeito pelo antigo, pois nos esquecemos muito fácil de nosso passado. Como todo mundo sabe um país sem passado é um país sem futuro.

Mas porque tamanho descaso com nossos jovens e possíveis líderes do futuro para com a cultura vigente? Muitos acham que é a televisão que marginaliza as pessoas, fazendo-as concordar com tudo que há á sua volta sem questionar quando na verdade todos querem um rumo mais concreto em suas vidas com relação aos valores culturais do mundo atual.

Sentiu-se isso com o fim de um Papa carismático como João Paulo II. Gostaríamos de saber se temos alguém no ramo cultural que possa ter tamanha mobilização em torno de si. Lógico que qualquer religião não deve ser a válvula de escape para a repressão pura e simples de seus cidadãos, mas sim um alento para as horas difíceis.

2 comentários:

Kiraji sensei disse...

o melhor do ser humano ainda são suas realizações pessoais, sejam elas quais forem e por isso ser culto não é ser esnobe, mas dotadi de grande interesse em aprender.

Anônimo disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.