Houve no ano passado em São Paulo um evento que reuniu muitos fãs de RPG (Role Playing Game) e em outros encontros sempre há a pergunta: será que esses jogadores são normais e levam vidas comuns?
Hoje em dia é até leviano dizer que qualquer tipo de fã é maluco ou “bitolado” que não enxerga a realidade. Lógico que há uma minoria de pessoas que sofrem de distúrbios mentais e que a válvula de escape para sua vida é cultuar algo e viver para aquilo como se fosse uma religião, mas são poucos e sempre mostram que vivem para sua fantasia e para mais nada.
As pessoas normais apreciam uma forma de se divertirem por algum tempo para poder suportar as pressões da vida e com os Rpgistas não é diferente.
Quem os conhece sabe que entre eles não há uma gama de pessoas sem objetivos na vida além do jogo, mas sim pessoas formadas em advocacia, engenharia, medicina, etc. que gostam de fantasiar que são guerreiros, vampiros, magos ou qualquer outra coisa que os livros de RPG (ou até sua própria imaginação) possam produzir.
Historicamente, o RPG em si no Brasil começou de forma tímida há mais de quinze anos (ou até mais diriam alguns veteranos) que viram os livros de um certo Steve Jackson e suas regras para um jogo em que a imaginação dava as cartas, aí estavam as primeiras raízes do RPG.
Surgiram diversas revistas sobre o gênero na época, mas a que mais se destacou foi a Dragão Brasil que se diferenciou das outras pela abordagem diferenciada e pelos textos simples e que está aí até hoje.
Com o tempo a conhecida Devir começou a traduzir livros com mais temas, como vampiros, lobisomens e criaturas horrendas. Os jogadores assim encontraram um terreno fértil para mostrar que RPG não era só uma coisa de meia dúzia de gatos pingados para se tornar um filão bastante rico em intercambio.
Não podemos esquecer que os grandes divulgadores do RPG no Brasil atendem pelo nome de Marcelo Cassaro e Marcelo Del Debbio. Suas abordagens de mundos diferenciadas mostraram que os brasileiros não são apenas consumidores, mas também produtores de bons materiais, citando como exemplo o excelente resultado do Victory nos EUA.
Infelizmente, não há só bons exemplos a serem mostrados, como a alegação que RPG desvirtua as pessoas e as fazem cometer crimes, como um dos mais recentes cometidos contra uma jovem que foi morta e crucificada em um cemitério ou em outros crimes afora em que pessoas são sacrificadas supostamente por jogadores insanos.
Salienta-se que isso é apenas uma minoria que mancha a reputação de uma tribo que quer apenas se divertir não causar o mal a outras pessoas. Deve-se lembrar que quem quer cometer um crime usa qualquer tipo de desculpa para atenuar sua culpa e o que mais se assemelha ao seu pensamento acaba fazendo parte de algo que não tem nada a ver.
Portanto, se houver alguém que tem distúrbios graves e que não sabe diferenciar realidade de fantasia ou se conhecerem alguém assim digam apenas que procure ajuda médica e que não comece a jogar RPG.
Um comentário:
No se, llamadme pervertido si quereis, pero ESTE es el mejor video que he visto...
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