Isso é uma amostra de um fanfic que comecei a escrever pelo fato de achar que o superpato é um dos heróis da Disney mais injustiçados pelos autores e nem tem uma série animada. Bom, por enquanto só tenho esse primeiro capítulo, espero que gostem
O diário de Fantomius
O mistério dos heróis mascarados
Cap.I – o encontro
Esse era mais um dia típico para Donald, sobrinhos adolescentes atazanando sua vida, seu primo Peninha morando com eles depois que sua casa foi quebrada por uma enchente e que passava por uma reforma (custeada é lógico pelo rico Tio Patinhas, que vai ter um troço quando souber o valor), enfim nada mais normal em sua vida. Sentia falta das aventuras de seu alter ego, depois que decidira que não seria mais um justiceiro mascarado depois de quase perder a vida do detetive Mickey durante uma missão para desbaratar uma quadrilha de traficantes de animais liderada por João Bafo-de-Onça que jurou se vingar do Superpato, alegando inocência. Além do mais o mais surpreendente disso é que Cel. Cintra se aposentou definitivamente da polícia e agora Mickey não é mais detetive, mas o Sargento Mickey de Patópolis.
Vila Xurupita, aquém dos limites de Patópolis, a vida de José carioca parecia ir de vento em popa, pelo fato do notório vagabundo estar trabalhando como supervisor das empresas de Rocha Vaz (se bem que trabalhar é um termo duro para ele, pois só supervisiona as obras e anota algumas coisas, a maior parte do tempo está dormindo na rede em seus intermináveis horários para o café) durante um pequeno período num serviço temporário. Assim pelo menos o “sogrão” não o incomodaria com suas constantes acusações de que não sustentaria um vagabundo pelo resto de sua vida.
Drake Mallard estava desgostoso com a vida, pois teria que deixar de ser Darkwing Duck, pois sua filha Gozalyn já estava crescida o suficiente para substituí-lo, para tanto ela já operava sob o nome de Darkfeather e era mais eficiente que o pai. O Capitão Bóing desaparecera misteriosamente após uma viagem e todos achavam que o piloto que escapava ileso dos acidentes de avião tivesse finalmente encontrado seu destino.
Drake Mallard se relembra dos tempos em que vingadores mascarados se uniam para destruir uma ameaça e passam por todos os perigos e um dos que mais se lembra era um sucessor de um parente seu, Fantomius, o Superpato. Sendo que um dos motivos que o faziam envergar uma capa e máscara era honrar a memória dele que foi um grande combatente do crime. Ver o Superpato em ação lhe fez resgatar a antiga glória de seu parente e ser Darkwing Duck era lembrar dos tempos de Glória como nunca se verão hoje em dia. Parece que os únicos heróis antigos que ainda estão na ativa são o Morcego Vermelho o Superpateta, cuja identidade conhece. O que ele não sabe é que Pateta engoliu um superamendoim irradiado de um cometa radiativo que o tornou definitivamente o Superpateta com todos os poderes. A mesma coisa aconteceu com Gilberto, mas além de ficar definitivamente como Supergil, sua inteligência ultrapassou os limites de um supergênio e fez com que ele nunca crescesse. Desconsolado por ser um supergaroto para sempre se exilou no espaço para ajudar os astronautas em suas missões espaciais por mundos desconhecidos. Numa dessas viagens conheceu o amor de sua vida e teve dois filhos que herdaram seus superpoderes.
Quanto á Pateta, ele continua sendo o mesmo atrapalhado de sempre que achou melhor esconder sua identidade para não chamar a atenção de todos. Não teme ser uma atração de circo, mas ter que ajudar sempre as pessoas, mesmo que elas não precisem. Guarda como recordação os seus pés de superamendoins, pois não precisa mais, porque se engolir um deles o efeito é o contrário, perde seus superpoderes durante uma hora. Foi numa ocasião dessa, por engolir um superamendoim durante uma missão de resgate que caíra em um penhasco e seu sobrinho tentando ajudá-lo engoliu um os amendoins irradiados e se tornou como seu tio. Se sente culpado por esse fato.
Drake sabe a dor que Pateta sente e compreende o que é ser um herói.
Transilvânia, uma misteriosa e linda esquilo senta em um bar infestado de pessoas estranhas e mal-encaradas. Senta ao seu lado um garboso bode acompanhado de um feroz Pitbull.
- Quanto tempo, minha cara Noriko. Como vai a família?
- Você sabe seu infeliz.
- Nossa! Quanto amargor em vosso coração. Porque não se junta a nós?
- Nunca me juntarei á sua laia!
- Pois bem. Armadura a destrua.- Fala pausadamente o garboso bode enquanto se levanta calmamente da cadeira e ajeita sua majestosa cabeleira.
O Pitbull se transfigura completamente e se torna um monstro de olhos brilhantes e dentes afiados e pontudos. Era um vampiro.
Noriko, a esquilo, fica paralisada de medo, pois relembrava novamente a tragédia de perder a família nas mãos dos vampiros e parecia que ela iria morrer ali, naquele lugar fétido que não se sabia onde era. Sua hora havia chegado e ela iria se juntar aos seus antepassados.
Repentinamente, uma voz ecoou das sombras.
- Hoje não, chupador de sangue.
O Pitbull, chamado de Armadura olhou para trás e ficou estático. A misteriosa voz se revelou, era um pato vestido com jaqueta de couro preta, blusa vermelha, empunhando uma Katana e com um crucifixo no pescoço.
- Vá embora imortal! Essa briga não é sua. – Diz o garboso bode.
- Tudo que diz respeito a vocês é da minha conta, garoto.- ralha o misterioso pato.
- Dois mil anos de idade e nenhum juízo, não têm o que fazer ancião?- Brinca maliciosamente o garboso bode.
- Conheço-te há tanto tempo e não sei o que você vê nessas presas magrelas e sem graça. Precisa variar um pouco o cardápio, Pitbull.- Diz o misterioso pato colocando sua espada de com a ponta para o chão e se apoiando nela como uma bengala.
- Adoro esquilos, não dá pra me livrar do hábito!- Responde espumando o feroz Pitbull.
- Serve pato? – Desta vez o misterioso pato ficou em posição de defesa com as duas mãos na espada.
- Ei! Eu sei me defender, viu? – Se levantando a linda esquilo.
- Pois bem, ele é todo seu!- Gesticulando o pato como que lhe dando a vez e novamente colocando a espada e se apoiando nela.
Nisso, Armadura dá um grande rosnado.
- Mãe! Me protege, moço! – Diz a esquilo se escondendo atrás do pato.
- Então, como vai ser Marquês Narciso Feliz? – Encara maliciosamente o misterioso pato.
- Deixe-a Armadura, esse pato metido ainda vai ter o fim que merece. – Retruca o Marquês Narciso Feliz enquanto sai do recinto.
Os dois se retiram e parece que a situação estava sob controle.
Somente aparentemente.
- Obrigado moço, se não fosse você eu teria...
- Eu sei, moça chamada Noriko. Teria um fim nada bonito.
- A propósito, qual seu nome?
- Há muito tempo que eu não tenho um nome, pois já esqueci o meu.
- Bom, então posso te chamar de Dark Duck? Parece que esse nome combina com você.
- Bom, não gostei muito, mas parece que serve no momento.
Nesse momento, uma mão peluda bate em seu ombro.
- Perdão para os pombinhos, mas como não podemos comer você por sua carne imortal, não está a fim de lutar por sua amiguinha? – Diz um gigantesco lobisomem.
- Lógico que sim, é só com você?-Brinca o audaz pato olhando para trás.
- Não, a nossa brincadeira é foge e come.- Ri o lobisomem.
- Foge e come? – Pergunta Dark Duck.
- É, ela foge, você luta com a gente, derrotamos você e a gente a come!- Responde salivando o lobisomem.
- Parece uma brincadeira interessante...- retruca nervoso Dark Duck.
- Ótimo! Rapazes! – Brada o gigantesco lobisomem.
Nesse momento, surge nas sombras uma horda de lobisomens como nunca havia se visto anteriormente e todos estavam dispostos a devorar Noriko.
- Mas gente, ela é só pele e osso...
E recebe um cascudo na cabeça.
- Magrela é a vovozinha, viu? – Diz Noriko bem brava.
- Ai, isso dói! – Responde Dark Duck com a mão na cabeça.
Viram-se numa arapuca sem tamanho, pois estavam cercados de lobisomens por todos os lados que não estavam interessados em Dark Duck, mas em Noriko. Nesse momento, o misterioso pato usa um de seus truques.
- Fique perto de mim, Noriko!
Nesse momento pega uma bomba de fumaça e a joga no chão.
Os dois reaparecem do lado de fora, deixando Noriko estarrecida.
- Depois eu explico, vamos embora daqui antes que eles dêem falta da gente – Diz Dark Duck puxando Noriko pela mão e a puxando para a floresta.
Enquanto correm pela floresta, Noriko curiosa indaga:
- Aquelas pessoas disseram que você é imortal, isso é uma brincadeira não?
- Queria que fosse, mas eles estavam certos, eu não me orgulho muito disso. – responde Dark Duck.
- Uau! Sua vida deve ser interessante pra caramba!
- Bom, deixando de lado que não preciso me preocupar com médicos, doença ou morrer, até que minha vida é interessante sim!
- Quantos anos você tem mesmo?
- Bom, hoje completo 2.000 anos. Estou velho demais pra correr de lobisomens.
Enquanto corriam pela floresta, conseguiram um refúgio seguro para se esconder dos lobisomens. Além do mais havia um pentagrama na porta. Eles não conseguiriam invadir o local.
Havia uma cama e a cabana parecia ter sido usada há pouco tempo, havia comida suficiente para um ano e havia televisão, rádio e todas as comodidades que a vida moderna poderia propiciar.
Noriko estava toda rasgada e Dark Duck estava todo machucado devido a ter caído enquanto corria e cair numa ribanceira. Era para ter arrebentado todos os ossos do corpo, mas à medida que o tempo passava, os ferimentos de Dark Duck pareciam se regenerar mais rápido que o normal. Há quinze minutos atrás, nem podia andar direito, pois sua perna havia quebrado e logo depois já conseguia andar normalmente. Noriko via á olhos vistos que ele não era uma fraude, era um autêntico imortal.
- Isso não dói, não? – Pergunta Noriko olhando curiosa para a perna de Dark Duck.
- Isso o que, esquilinha?- Responde Dark Duck enquanto tira a jaqueta.
- Se regenerar assim, tão rápido...- fala Noriko ainda intrigada.
- Menina, isso acontece comigo há tanto tempo que já me acostumei. Já levei tiros, caí de lugares altos, quebrei ossos, fui atropelado, congelado vivo, apedrejado, queimado... – enquanto enumera os acidentes que sofreu Noriko faz uma cara do mais absoluto terror.
- Credo, você não tem dó dos pobres mortais não? Seu insensível.
- Ter até eu tenho, mas eles sempre acham que sou uma aberração e tentam me matar. Isso cansa, sabia? – Diz enquanto senta em uma cadeira.
Repentinamente um vento gelado sopra no ar.
Uma misteriosa pantera negra macho vestido com uma capa azul, camiseta vermelha como Dark Duck, calça cargo cáqui e coturno surge das sombras assustando Noriko. Dark Duck conhece essa sensação há séculos. Era Andros.
- Ainda não morreu coisa ruim? – ralha Dark Duck olhando para trás e vendo Andros olhar maliciosamente para Noriko.
- Pensei que não gostasse de esquilas, imortal.- Diz Andros cruzando os braços e olhando fixamente para os dois.
- É magrinha, mas dá uma boa namorada, ser das trevas. – Responde maliciosamente Dark Duck.
- Sabe... Eu tenho horror á imortais. Podem viver sem sangue, são diferentes de nós, não nos alimentam pelo plasma ser fora do padrão normal. Além do mais podem ser eternos sem virar vampiros.
- Lamentações e mais lamentações, Andros. Foi por sua causa que descobri que era imortal e nunca mais tive paz. Por isso que me dedico a exterminar qualquer ser da sua laia.
- Discurso soberbo, pato. Mas o que aconteceria se eu usasse essa espada?- retruca empunhando a espada de Dark Duck.
- Poderia dar um fim em mim, mas quem seria seu melhor amigo? – cruza os braços e sorri para Andros.
- É, não queria perder meu melhor inimigo. Seu sofrimento deve ser eterno. Mas não hoje, vamos brindar por ter se livrado dos lobisomens.- fala Andros enquanto puxa uma garrafa de vinho.
- Se estiver envenenado? – Pergunta Dark Duck.
- Bom, não me afeta e você não morre, o que te preocupa?
- A mortal, ela pode morrer.- Dark Duck pega a garrafa e a põe em cima da mesa.
- Ah, ela. Puxa vida. Eu me esqueci completamente dela. Tem as características perfeitas para uma esposa. Bonita e calada. – Nesse momento, Andros acaricia levemente o rosto de Noriko.
- Não sou brinquedo, seu nojento! – Noriko afasta a mão de Andros de seu rosto.
- Ainda por cima, bravinha! Garota, não quer ser uma vampira? Seria bela para sempre! - Convida o loquaz vampiro.
- Você é o segundo vampiro que tenta me morder hoje. Vocês não têm outras vítimas inocentes para atormentar não?
Os dois se olham e repentinamente começam a rir como grandes amigos.
- Inocente, você? Não me mate de rir. Sei que és uma caçadora de vampiros. Chame sua mestra. Ela sim sabe como lutar comigo. – Gargalha Andros.
Nesse momento Dark Duck fica estático.
- Sua mentirosa, por isso que estava atrás do Marquês Narciso Feliz. Eu pensando que era uma vítima indefesa. Uma caçadora... Vejam só. Quantos anos têm, criança?
- O suficiente para me proteger de vampiros e imortais. Vocês dois são estranhos e se merecem.
Os dois se olham novamente e Dark Duck convida Andros para um drinque.
- Vamos beber, então. Deixa a caçadora de lado.
E nesse momento Noriko fica emburrada, vai se trocar para dormir. Troca-se e vai dormir extremamente emburrada.
No quartel general dos Falcon Hearts (organização secreta de caçadores de entidades sobrenaturais) está Ametista, uma renomada caçadora de vampiros está se levantando para tomar o seu costumeiro café da manhã quando é interrompida por um papagaio atrapalhado que fugia insistentemente de seu pai.
- O que foi dessa vez, Xisto? Meu pai te pegou dormindo de novo? – Pergunta Ametista enquanto bebe uma xícara de café quente.
- Nada disso, eu estava meditando.- Responde empunhando o dedo em riste Xisto.
- Vagabundagem mudou de nome! – Uma voz ao fundo ecoa na cozinha.
- Ô sogrão, alivia a barra de seu genrinho, vai! A gente passa a noite inteira sem dormir, além do mais meu pagamento ta atrasado e tenho que pagar umas dívidas.
- Se você fosse pagar todo mundo que deve, teria que ganhar na loteria só pra pagar os juros! – Brada Dr. Pinho, o “sogrão” de Xisto.
Repentinamente, uma figura assustada adentra a sala e abraça Xisto.
Ametista toda vez que vê essa cena se arrepia, pois a moça em questão era sua irmã gêmea que era seu oposto em tudo, era mais bonita, mais graciosa e que não levava a sério essa história de caçar seres sobrenaturais, ela era a meiga Safira. E o que era pior de se acreditar, era a namorada de Xisto.
- Joguei pedra na cruz. O que você vê nesse malandro, minha filha? – Inquire o velho Dr. Pinho.
- Ele me ama, pai. Somos muito felizes.
Num momento, o Dr. Pinho se pega pensando:
- Como será que o meu primo Rocha Vaz lida com aquele vagabundo do primo de Xisto, um tal de Zé Carioca?
Enquanto pensa na desgraça que é Xisto, por ele denegrir a imagem de todos os caçadores pelo mundo e fazer a Falcon Hearts uma piada imagina que a glória do passado está indo pelo ralo por tão má pessoa integrar as fileiras de batalha. Mas concorda que mesmo não goste muito dele, a malandragem de Xisto tem salvado a todos nas piores situações, não era o melhor profissional, mas sua covardia e astúcia valiam muito nos momentos de perigo.
Nesse momento, o misterioso puma Josias adentra a sala preocupado com a demora de Noriko em uma missão.
- Ela nunca foi de demorar tanto assim, o que aconteceu?- pergunta o membro mais antigo dos Falcon Hearts preocupado, pois ele conhecia como ninguém o que os vampiros representavam e não deveriam ser encarados como coitados ou amaldiçoados.
- Calma aí chefia! A Noriko nunca foi de dar ponto sem nó, logo logo ela aparece com um belo par de presas no colar dela. – Esnoba Xisto enquanto morde uma banana.
- Isso é fácil de dizer sendo um covarde, não é, papagaio? – Inquire Josias de forma ameaçadora Xisto.
- Covarde não, só saio de forma estratégica para ajudar meus colegas.- Se justifica Xisto de forma irônica.
- Sei, enquanto a gente se mata para destruir vampiros, você sempre inventa uma maneira de fugir.- Rosna Josias.
- Mas por causa disso a gente sempre escapa não é?- Esnoba ainda mais o malandro Xisto.
Josias engole em seco. Xisto se senta e Safira se recosta nele para pedir um carinho.
Enquanto pensa nas palavras de Josias, Xisto fica se indagando se ele é mesmo tão aproveitador como todos da Falcon Hearts (exceto Safira, sua namorada) pensam. Lembra-se das situações que teve de usar a astúcia que lhe é natural para se safar das piores situações. Sem contar que é o único que brinca perante as adversidades que as missões impõem a todos.
Lembra-se de forma triste que teve que cair no mundo cedo, pois não tinha nem pai nem mãe e seu primo Zé Carioca parecia que tinha seus próprios problemas para resolver e Xisto não queria ser um fardo para a família.
Não se lembra muito bem qual foi o motivo que fez ele entrar para a organização de caçadores sobrenaturais que ficou conhecida pelos vampiros que destruiu pelo mundo afora.
No começo não acreditava muito nessa história de fantasmas. Achava que não existiam, era a imaginação das pessoas, pensava.
Mas um belo dia um bode garboso veio atrás dele lhe prometendo o mundo. Lógico que malandro como era desconfiou de pronto da proposta pelo fato de ser boa demais para ser verdade. Conseguiu escapar enganando-o com a malandragem de família que lhe é peculiar. Escapou prometendo um estoque de sangue ilimitado ao Marquês Narciso Feliz se ele lhe deixasse sem morde-lo e transforma-lo em vampiro.
Com o tempo conheceu a caçadora linha-dura Ametista de Safiris. Era a encarnação do tipo de mulher que ninguém queria, autoritária, mandona e muito esquentada. Foi treinado por ela para ser o melhor caçador, mas se revelou o mais covarde de toda a historia de quinhentos anos da Falcon Hearts.
Parecia um grande fiasco ter convocado tão singular figura, pensava Ametista. Mas durante uma missão arriscada, Xisto pela primeira vez demonstrou sua frieza e presença de espírito para evitar que todos fossem destruídos por uma horda de monstros aquáticos extremamente sanguinários quando percebeu que os pirulitos que carregava para se acalmar era o que eles mais gostavam e deu todos para eles e fez os caçadores pararem de importuna-los e ainda por cima lhes dar um estoque de pirulitos e ser seus aliados.
Ele sozinho conseguiu o que nem os mais experientes caçadores conseguiram, a paz com os monstros aquáticos, hoje grandes aliados.
Xisto pensa que todos o tratam assim para não achar que é o máximo, pois são um grupo e o trabalho de equipe é essencial (se bem que toda os caçadores tradicionais odeiam o jeito moleque de Xisto).
Mas tudo mudou na vida de Xisto quando ele conheceu a doce Safira, que muitos até queriam namorar, mas o pai dela nem deixava os pretendentes se arriscarem. Xisto tentou e conseguiu o amor de Safira, pois foi um amor á primeira vista entre os dois.
Se bem que para o Dr. Pinho as maiores desgraças de sua vida foram Xisto ser o namorado de sua filha e Safira nem cogitar seguir a carreira de caçadora, por seu jeito delicado de ser.
Em dado momento, uma forte batida interrompe o café da manhã dos caçadores. Perguntam quem é. Nenhuma resposta. Outra batida. Nenhuma resposta. Uma chave gira e um misterioso pato com jaqueta de couro, blusa vermelha e crucifixo entra. Imediatamente todos lhe apontam as armas. Ele não tem nada a fazer senão se render.
- Nossa, eu pensei que a Falcon Hearts acolhesse os amigos – Diz o pato rendido.
- Nem te conheço, o que faz aqui? – Diz o Dr. Pinho.
- Calma gente, eu só vim trazer a Noriko pra vocês, tudo bem?- Pergunta Dark Duck abrindo vagarosamente a porta.
Nesse momento aparece Noriko sã e salva.
- Calma gente, assim é a maneira de tratar meu amigo Dark Duck?- Assim Noriko apresenta o misterioso pato ao grupo.
Nesse momento, Dark Duck e Josias sentem um frio percorrendo suas espinhas. Isso só ocorre quando imortais ou vampiros se encontram. Josias olha com desconfiança para Dark Duck, ele escondia alguma coisa sobrenatural.
Dark Duck disfarçou, não podia estragar seu disfarce e correr nenhum risco desnecessário.
De volta á Patópolis, um pato irrequieto como Donald está as voltas com suas costumeiras dividas e agora com Margarida querendo que ele se resolva se vai casar ou não com ela, pois ele tinha uma boa renda com os biscates que fazia e ela se tornara uma grande repórter, mas sua indefinição era saber se ainda era o momento certo de se acertar com sua amada, pois se até seu primo Gastão conseguira um amor na vida, por que Donald ainda hesitava? Tudo estava em seu espírito aventureiro que queria novos desafios, mas deixar de ser o Superpato era pior que morrer e isso o angustiava por dentro.
Sendo que o mundo inteiro queria saber por onde andava o pato mascarado mais famoso de Patópolis, que fora visto há cinco anos atrás e ninguém sabia seu paradeiro. Se bem que os malfeitores da cidade não podiam com a astúcia do Morcego Vermelho e os poderes do Superpateta, os combatentes ainda na ativa.
Quem não gostava nada das atividades dos superseres por incrível que pareça era o Sargento Mickey, atual representante da lei em Patópolis. Por experiência própria quase perdera a vida por confiar em um justiceiro mascarado e pensar que ele e o Superpato eram grandes aliados. Infelizmente as mágoas se acentuam quando erros são cometidos pela primeira vez quando se confia sua vida a alguém e sentir impotente no momento que tal pessoa se torna ineficaz para lhe salvar. Para tanto, na cidade de Patópolis a atividade de vigilantes é proibida por lei e quem souber quem se esconde por tal identidade secreta e não comunicar as autoridades sofre o mesmo que o vigilante, se tornando seu cúmplice.
Lógico que no tempo no Cel. Cintra ele tolerava as atividades dos vigilantes que tornava a vida dos cidadãos de Patópolis mais segura, mas ao mesmo tempo em que os heróis se tornavam obsoletos, os vilões se organizavam e tornavam-se mais perigosos. Um exemplo é dado pelos os irmãos Metralha, que se aposentaram, mas seus sobrinhos e filhos impunham o terror na cidade. Com certeza que a ajuda do Superpateta que pôs muitos deles na cadeia, eles não oferecem perigo imediato, mas vilões antigos como o Gavião e o Prof. X ainda querem levar seus planos de conquista do mundo adiante não medem esforços para alcançar seus objetivos.
Por isso que Mickey se preocupa tanto e desde que o Mancha Negra desapareceu quando houve uma perseguição orquestrada por ele nos mares, nesse momento o sargento da polícia percebeu que malfeitores quando têm adversários poderosos, se tornam poderosos idem.
Com certeza que o espírito de ajuda dos vigilantes impera para ajudar as pessoas, mas suas atitudes sempre acabam prejudicando terceiros e por isso que a polícia de Patópolis está tão empenhada em acabar com esse “heroísmo”.
Peninha ainda não desistiu do seu atrapalhado alter ego, pois como todo Mc Pato que se preze, sempre gosta de novas aventuras e juntamente com Superpateta, eles se tornaram a dupla mais carismática de Patópolis, para que deixar de ser herói?
Nem se lembra direito do motivo que se tornou um herói, mas sabe que não foi para ser melhor do que ninguém ou por dinheiro (isso que ele certamente não tem), tudo foi por puro altruísmo. Como Donald vive como um grande biscateiro e trabalho nunca lhe falta (mesmo que só dure um dia).Sua namorada ainda é a mesma, Glória, só sente falta de encontra-la de vez em quando e sempre que tenta ligar para ela, sempre escuta que ela está ocupada.
Biquinho já está grande e diferentemente do que era quando pequeno, tornou-se bastante organizado e sempre pergunta ao tio porque ele ainda continua atrapalhado e ainda agüentando os desaforos do Tio Patinhas (se bem que esse pato velho deve ser muito longevo para continuar vivo). Ele, em conjunto com os sobrinhos do Donald formam uma turma unida. Peninha sente que o tempo passa para todos.Quem sabe, algum dia seu sobrinho poderá saber da verdade e quem sabe ele possa se tornar o próximo Morcego Vermelho, só que mais eficiente que o original.
Saudosismo ou esperança pensa ele. Num momento a campainha toca. Era o carteiro com um grande envelope. Abre. Eram duas passagens de avião para ele e Donald e o destino era para um lugar que ele já ouvira falar: Vila Rosa.
Fim do primeiro capítulo.