Desenhista, roteirista e arte-finalista. Trabalha com Hq desde 1999 e conhece cultura de massa numa época em que se é mais importante aparecer do que ter conteúdo. Suas opiniões refletem o espírito de uma geração que quer colocar suas opiniões sem ser arrogante e que tem experiência a passar.Quer fazer diferença e mostrar a que veio como autor que respeita seu público.
quarta-feira, março 11, 2009
Não somos todos iguais
Acompanho hoje em dia a mania que as pessoas tem de se comparar a outros mais bem-sucedidos que existem por aí. É reality show sem sentido que quer produzir pseudocelebridades, é banda cover da cover que imita o que está ruim (sei que cada um tem seu gosto e respeito muito, mas vejo que não há muito critério para se colocar alguém na mídia somente para angariar uma pequena leva de fãs loucos que nem sabem o que estão fazendo por seu ídolo que está lá apenas para marcar número) e todos querendo ser quem não são. Critico a cultura do “ eu tenho, você não tem” que impera hoje em dia.
Que bem vai fazer da minha vida se o galã da novela está com a atriz revelação do teatro? Pra mim nada, mas com os que adoram comparação sempre vem aquela maldita frase:
“Como eu queria ser essa pessoa”.
Não se iluda, pois é perda de tempo querermos ser outras pessoas em nossas vidas, já pensou como seria um verdadeiro marasmo todos iguais feito cópias agindo de maneira igual e sem evolução.
Todo mundo hoje quer ser o jogador do momento, a modelo requisitada, a celebridade internacional e as pelatrizes (neologismo que inventei para essas modelos que só são conhecidas por posar nua, mas insistem em querer “mostrar” inteligência aparecendo como apresentadoras ou algo que não precisem de nudez explícita quando deixam de ser interessantes ao público e pergunto que mal se tem em ser uma modelo que aparece nua? É um trabalho como outro qualquer, mas como a sociedade encara esse tipo de trabalho como prostituição, elas querem se proteger com essa aura “séria”) da capa de revista masculina que desafio qualquer um a lembrar o nome de uma sequer.
A baixa autoestima faz com que as pessoas achem que uns sempre são melhores que os outros, mas vejo que quando são famosas querem voltar a ser anônimas, uma contradição total.
Eu pelo menos quando quis ser alguém,queria ser como os idiotas que “catavam” todas e não ficavam com nenhuma e ao longo dos anos percebi que era melhor ser sozinho e verdadeiro do que um conquistador barato que está casado e com uma penca de filhos e mal possui dinheiro para pagar o aluguel.
Nunca fui de seguir ninguém e tenho minha personalidade e sempre sofro por ser sempre eu mesmo. Ora quem gostar de mim vai gostar de qualquer jeito não?
Acreditar que os outros possuem a solução para tudo é a mesma coisa que dizer que não se cresceu totalmente.
Tenha certeza de uma coisa, não acredito em correntes, misticismo ou qualquer solução mágica para nossas vidas, pois se houvesse um botão de reset para todos nossos problemas, ele já teria quebrado pelo fato de todos almejarem a posição dos outros ao invés da própria. Todos possuem defeitos, querem ser mais magros, mais populares ou até mais ricos, isso não se consegue sem percebermos que somos sim diferentes uns dos outros e ficar nessa de comparações não leva a nada.
“ Olha, aquele fulano é melhor do que você, tem esposa e filhos” . Pra mim não quer dizer nada - “Uma pessoa só é responsável de verdade quando se casa”- Outra bobagem, o que é verdade pra um não é para outros. Falo por mim, não quero ter filhos nem me casar e sou pressionado a seguir a “cartilha” do bom moço que se casa e obedece quem manda nele, creio que muitas pessoas ficam infelizes por não expressarem o que sentem de verdade para outros, eu não tenho esse problema, mesmo que isso contrarie a opinião pensante, não estou aqui querendo que todos sigam minhas idéias, mas pensem em ser vocês mesmos ao invés de achar que seu vizinho é melhor do que você e ficar idolatrando o traficante achando que ele é o seu ídolo, achar o político e o corrupto sempre estão certos, sinto lhe dizer: procure ser você mesmo e se aceite como você.
Nem sempre o que parece bom para os outros é bom pra gente.
Fiz essa postagem por sugestão de:
http://quickpeep.blogspot.com
Assinar:
Postar comentários (Atom)
4 comentários:
Mas aquele cara é mesmo melhor, afinal tem esposa, filhos e um emprego convencional...não dá pra negar!
Valeu por seguir a sugestão, Bomfim!
E por linkar o QuickPeep!
Linkei de volta!
Abs
Não somos todos iguais, mas há um interesse da sociedade para que sejamos.
Talvez para manter um equilíbrio que nunca existiu, ou para os poderosos nos manter sob controle.
Mano muito original esse post. Posso colocar no meu blog e colocar o link pro seu blog?. Abraço.
Postar um comentário