Hoje em dia, em pleno século XXI há uma tendência nova para haver uma gama bem diversificada de personagens, principalmente em animes de grande sucesso, como Naruto, One Piece entre outros.
Para quem não entendeu o que isso significa, pense na seguinte situação: como o leitor viveria se estivesse apenas ele no mundo? Não seria chato e desinteressante?
Então, pense a mesma coisa de historias sem personagens que nos cativem e que tenham apenas um pequeno núcleo que apenas se relaciona entre si.
Se ma vida real odiamos panelinhas, imagine histórias nas quais tenham poucos personagens para nos identificar...
Era uma tendência nos anos 80 a idéia dos personagens solitários e destemidos que não precisavam de ninguém era a tendência a se seguir, e nos dava a sensação de que eram forçosamente invencíveis e citamos como exemplo a história City Hunter que era protagonizada por apenas dois personagens, Kaoru e Ryu Saeba. Teve uma vida longa em série de mangá e anime e era recheado do que chamamos de “personagens da semana” que apareciam e sumiam tão rápido (isso quando não morriam) que não havia uma intimidade maior em conhecer as motivações do que porque ele tinha tal atitude.
Atualmente há a necessidade de nos relacionarmos com os personagens e nos identificarmos com a história
É ótimo que histórias tenham um personagem principal cativante e lugares maravilhosos. Mas em alguns momentos nos perguntamos, e os outros personagens?
Está armada a armadilha fatal. Sem personagens secundários a história começa a naufragar sem antes começar. Mas uma história pode se sustentar por si só com apenas um personagem? Pode, somente se você começar a escrever monólogos no deserto...
Agora falando francamente, os personagens secundários e sua teia de relacionamentos ( pessoas que são amigas e parentes ou até desconhecidos que aparecem de vez em quando) também são a “alma” de uma história, mesmo que o personagem principal apareça pouco na história. Há vários tipos descritos, entre os quais destacamos os coadjuvantes e de ligação.
Os personagens coadjuvantes atuam quase que na sombra do personagem principal, auxiliando-o ou atrapalhando a ação em que todos participam.
Complicado? Vejamos o exemplo:
O herói quer vencer o vilão em uma batalha, mas não sabe que um de seus aliados está infiltrado no meio deles para atrapalhar os planos de nossos destemidos guerreiros e toda vez que isso acontece nem faz idéia que seu ferrenho aliado não passa do mais vil inimigo.
Daí vai para o tipo de personagem secundário preferido por muitos autores de mangá ou até de quadrinhos europeus, que já começa a ter força em outros tipos de tramas se denomina personagem de ligação.
Lógico que já exceções com o personagem Naruto que apesar de ser o principal de sua história, acaba por se tornar um mero coadjuvante em alguns enredos, sendo que algumas vezes ele nem aparece e nesse caso ele se torna um excelente personagem de ligação.
Isso não tira a necessidade de haver mais personagens na história que enriqueçam a trama e possam dar mais movimentação á trama. Histórias como Ranma ½ que no inicio só haviam seis personagens e foi crescendo, crescendo... e quando percebeu-se havia tantos personagens que nem dava para acompanhar todos ( isso me faz lembrar por que eu não gosto muito de Friends que só tem poucos personagens que não acho interessantes e admito que o diferencial dessa série não são eles, mas com quem eles se relacionam e como sempre acontece, ninguém gosta de personagens principais que só fazem besteira e eu não sou exceção).
Sem contar que hoje em dia é inadmissível não sabermos nada do personagem que tenham amigos como a gente, que se identifiquem com a gente e o melhor que estejam perto da gente.
Enfim, se quisermos que uma história seja cativante devemos ter em mente que tipo de personagem queremos que nos represente e o melhor como e com quem ele se relaciona , só assim teremos diversão garantida com histórias que realmente nos prenda não pelo enredo apenas, mas também por todos os amigos, parentes e até inimigos que nossos heróis possam ter (se bem que há alguns que a gente quer que morra desde o inicio).
Quando for ler novamente uma HQ ou assistir um desenho ou filme lembre-se: há sempre uma surpresa naqueles personagens que nem notamos e ao invés de serem apenas figuração, eles são o “tempero” que falta para dar sabor a um enredo bem elaborado.
Há sim, profusão que dizer grande quantidade ,até mais.