Desenhista, roteirista e arte-finalista. Trabalha com Hq desde 1999 e conhece cultura de massa numa época em que se é mais importante aparecer do que ter conteúdo. Suas opiniões refletem o espírito de uma geração que quer colocar suas opiniões sem ser arrogante e que tem experiência a passar.Quer fazer diferença e mostrar a que veio como autor que respeita seu público.
terça-feira, outubro 21, 2008
O mercado da morte
Tenho vergonha de ser um jornalista e formador de opinião.
Acompanho há mais de vinte anos casos e casos de violência de todas as formas possíveis e vejo como a mídia explora a desgraça alheia sem pensar nas consequencias.
Continuo repetindo, sinto hoje asco daqueles que se aproveitam da fragilidade alheia por uma porcaria de ibope ou aumento em seus lucros.Mas a que preço?
A que preço vivemos em uma sociedade onde é divertido ver pessoas sendo mortas ao vivo e sem critério, onde inocentes não podem mais andar em paz que um psicopata lhes tira a vida porque acham que possuem esse direito porque está se sentindo rejeitado ou não consegue mais motivo para viver.
Se as pessoas se sentem inúteis nesse sentido, ou arranjem o que fazer ou se isole de vez ou simplesmente, morram.
Alguns vão dizer, isso não é um ato cristão da minha parte. Primeiro, larguei de vez essa hipocrisia de me sacrificar pelos outros sem nada em troca e segundo sigo minha cabeça, se me prejudica, por conseguinte prejudica o outro, fim.
Onde já se viu, bandido dando entrevista em televisão como megastar? E eu aqui ralando sendo honesto e não me metendo em encrenca sou um anônimo. Se ser anônimo é ter que ser ético prefiro pois ser famoso assim dispenso por completo.
Como disse antes, tenho hoje vergonha de ser formador de opinião com tanto abutre pairando no ar por aí.
Por que atos de bondade são tão raros hoje em dia?Por que temos que perdoar bandidos e não querer que eles vão por inferno? Por que as pessoas não dizem que querem ver um bandido ruim debaixo do chão? Ora, por que somos hipócritas e só enxergamos a dor quando ela bate á nossa porta, vestimos camisetas brancas, soltamos umas pombas no ar, aplaudimos, choramos, fingimos que nos importamos com os outros e depois voltamos para nossa vidas chatas e medíocres, até o circo dos horrores nos presentear com mais um espetáculo dantesco de degradação humana.
Cada vez mais percebo que não adianta espernear, gritar, por isso que sou abertamente a favor de leis mais duras e da prisão perpétua com trabalhos forçados para compensar as vítimas, para fazer o desgraçado pagar com o suor do rosto o que a vítima sofreu e em casos mais severos, a pena de morte mesmo, pois bicho doente tem que ser abatido.
Direitos humanos sempre foram uma única coisa, falácia de pessoas que se sentem culpadas por não ter poder de fazer nada. Chega de tanto conformismo?
Por que não temos o direito de nos expressar acerca de nossos valores, por que não podemos ser a favor de uma pena capital para crimonosos perturbados, até quando temos que ser complacentes com entes que nos são tirados de forma abrupta, basta de hipocrisia, ora se quisermos que o mundo melhore, só precisamos de poucas coisas, uma delas é punir quem lucra com a desgraça alheia, não dê audiência a esses abutres, pense se fosse com você e o mais importante, cuide do seu bem mais precioso, sua dignidade.
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